Microcrédito Solidário x Microcrédito Convencional:

Análise da Percepção de Gestores de Bancos Comunitários de Desenvolvimento

  • Magno Farias
  • Jéssica Soares
Palavras-chave: bancos comunitários de desenvolvimento, microcrédito, desenvolvimento local

Resumo

Este trabalho busca analisar a percepção dos agentes de crédito de bancos comunitários acerca da influência tanto do microcrédito solidário quanto do microcrédito tradicional para o desenvolvimento local. Os bancos comunitários surgem como iniciativas locais para geração de emprego e renda no território, oferecendo serviços financeiros mais adaptados ao contexto em que atua. Isto porque, estudos apontam que nem mesmo políticas públicas de microcrédito conseguem democratizar o acesso ao crédito àqueles historicamente excluídos do Sistema Financeiro Nacional. Para alcançar o objetivo, realizou-se estudo exploratório, com aplicação de entrevistas semiestruturadas a cinco agentes de crédito atuantes em três bancos comunitários da Bahia. Após a análise de conteúdo (Bardin, 2011; Freitas e Janissek, 2000; Laville e Dione, 1999), observou-se que, na percepção das entrevistadas, o microcrédito solidário tem uma contribuição direta para o desenvolvimento das comunidades onde atuam, pois têm gestão coletiva e autogestionária, estão adaptados à realidade financeira dos beneficiários e cria laços de proximidade entre os moradores. Por outro lado, o microcrédito tradicional possui contribuição indireta para o desenvolvimento local pois adota mecanismos padronizados e rígidos, muitas vezes destoantes da realidade local.

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Biografia do Autor

Magno Farias

Universidade Federal da Bahia, Doutorando em Administração (UFBA). 

Jéssica Soares

Instituto Federal do Piauí (Campus Pedro II), Mestre em Administração (UFV). 

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Publicado
2022-12-31
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