FEMINISMO INTERSECCIONAL
FORTALECENDO O MOVIMENTO A PARTIR DA TRANSNACIONALIDADE
Résumé
O artigo analisa as conexões entre o feminismo transnacional, a interseccionalidade e a decolonialidade. Primeiramente, a
análise consistiu em um resgate histórico e conceitual da interseccionalidade, relacionando-a com os movimentos sociais e,
posteriormente, com o campo científico. Nessa análise, as experiências do movimento feminista negro permitiram relacionar a
prática de resistência e luta com o campo teórico, o que gerou a ampliação do conceito de interseccionalidade para além do
trinômio gênero, raça e classe. No decorrer do estudo, exploramos a transnacionalidade como proposta de um movimento
feminista sem fronteiras, o qual se expande exponencialmente, especialmente nos países da América Latina. Assim,
conceituamos a transnacionalidade e a relacionamos com o viés interseccional, destacando a possibilidade de se pensar
territórios discriminatórios a partir das realidades das/os sujeitas/os e não do recorte geográfico. Nesse sentido, percebemos
também que a decolonialidade é um fator essencial para análise e para o fortalecimento de um movimento feminista
internacional, que seja capaz de atuar com diferentes grupos de mulheres sem apagar as diferenças daquelas localizadas nas
fronteiras. Ao final, podemos constatar que o feminismo transnacional depende de um caminho trilhado a partir da
decolonialidade, como consciência, e da interseccionalidade, como teoria crítica social e metodologia de resistência, pois, caso
contrário, o movimento pode incidir nas correntes da homogeneidade e gerar novas formas de silenciamento.
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