TRATAMENTO DE EFLUENTE CONTENDO FLUFENOXURON GERADO PELA LAVAGEM E DESCARTE DAS APLICAÇÕES AÉREAS
Resumen
A legislação ambiental brasileira, subsidiada pela Instrução Normativa no 02/2008 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, obriga que as empresas operadoras aeroagrícolas realizem o tratamento dos e uentes gerados após a lavagem das aeronaves. Para este m, é sugerido pela legislação o uso de um sistema de degradação baseado na ozonização. Avaliou-se a e ciência do sistema recomendado pela legislação em promover a degradação do princípio ativo ufenoxuron (inseticida Cascade® 100), onde foram analisadas a concentração e a quantidade em massa da molécula em todas as etapas do sistema. Foram avaliados dois tratamentos distintos, usando 1,0 e 2,0 g de ozônio/hora, em um sistema industrial de geração de ozônio, usando três períodos de ozonização diferentes (1, 3 e 6 horas), em temperatura ambiente e pH em torno de 6,0. Constatou-se que, em cada lavagem, é gerado um volume médio de 132 L de e uente (112 L de água mais 20 L de calda residual). Após sofrer os tratamentos com 1,0 e 2,0 g de O3/hora foram obtidos, respectivamente, os seguintes resultados: diminuição da concentração de ufenoxuron no e uente (-82,8 e -86,0%) e decréscimo na massa de ufenoxuron (-44,8 e -63,2%). O sistema mostrou-se e ciente no tratamento do e uente contendo resíduos do inseticida Cascade® 100.
Descargas
Citas
Outlooks on Pest Management, 2015. v. 26, n. 1, p. 12–15.
BARRANCO, M. et al. Simple and rapid determination of
benzoylphenylurea pesticides in river water and vegetables by
LC-ESI-MS. Chromatographia, 2007. v. 66, n. 7–8, p. 533–538.
BUENO, M. R.; CUNHA, J. P. A. R. Da; SANTANA, D. G. DE.
Assessment of spray drift from pesticide applications in soybean
crops. Biosystems Engineering, Fevereiro. 2017. Engineering
Approaches for Reducing Spray Drift. v. 154, p. 35–45.
CARMO, E. L.; BUENO, A. F.; BUENO, R. C. O. F. Pesticide
selectivity for the insect egg parasitoid Telenomus remus.
BioControl, 2010. v. 55, n. 4, p. 455–464.
COSTA, E. M. et al. Toxicity of insecticides used in the Brazilian
melon crop to the honey bee Apis mellifera under laboratory
conditions. Apidologie, 2014. v. 45, n. 1, p. 34–44.
FURTADO, R. D. Tratamento de efluentes gerados pela lavagem
de aeronaves agrícolas e pelo descarte das aplicações aéreas de
agrotóxicos. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, 2012. Tese.
GIL, G. et al. Determination of benzoylureas in ground water
samples by fully automated on-line pre-concentration and
liquid chromatography-fluorescence detection. Journal of
Chromatography A, 2006. v. 1103, n. 2, p. 271–277.
Inseticida Cascade 100 : BASF. [S.l.], [s.d.]. Disponível em:
CASCADE_100>. Acesso em: 6 out. 2017.
JEONG, H. H. et al. Rapidly progressive lactic acidosis in patients
with flufenoxuron poisoning. Hong Kong Journal of Emergency
Medicine, 2014. v. 21, n. 3, p. 181–184.
KAMEL, A. et al. Degradation of the acaricides abamectin,
flufenoxuron and amitraz on Saudi Arabian dates. Food
Chemistry, 2007. v. 100, n. 4, p. 1590–1593.
MAILLARD, E. et al. Removal of pesticide mixtures in a
stormwater wetland collecting runoff from a vineyard catchment.
Science of the Total Environment, 2011. v. 409, n. 11, p. 2317–
2324.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E
ABASTECIMENTO. INSTRUÇÃO NORMATIVA No
02/2008.
OLLER, I.; MALATO, S.; SÁNCHEZ-PÉREZ, J. A.
Combination of Advanced Oxidation Processes and biological
treatments for wastewater decontamination-A review. Science of
the Total Environment, 2011. v. 409, n. 20, p. 4141–4166.
RICE, N. et al. Unplanned releases and injuries associated
with aerial application of chemicals, 1995-2002. Journal of
Environmental Health, 2005. v. 68, n. 4, p. 14–18.
STATHIS, I. et al. Novel imazethapyr detoxification applying
advanced oxidation processes. Journal of Environmental Science
and Health, Part B, Agosto. 2011. v. 46, n. 6, p. 449–453.
WOO, J.-H.; LIM, Y. S. Severe human poisoning with a
flufenoxuron-containing insecticide: Report of a case with
transient myocardial dysfunction and review of the literature.
Clinical Toxicology, 2015. v. 53, n. 6, p. 569–572.