CAPACIDADE FUNCIONAL E PREVALÊNCIA DE SINTOMAS DEPRESSIVOS EM IDOSOS PRATICANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS

  • Adriana Schüler Cavalli Universidade Federal de Pelotas. Pelotas-RS, Brasil.
  • Rodrigo de Souza Sigalles Universidade Federal de Pelotas. Pelotas-RS, Brasil.
  • Mateus Schmeckel Mota Universidade Federal de Pelotas - UFPEL. Pelotas, RS, Brasil. https://orcid.org/0009-0007-5790-4915
  • José Antonio Bicca Ribeiro Universidade Federal de Pelotas. Pelotas-RS, Brasil.
  • Marcelo Olivera Cavalli Universidade Federal de Pelotas - UFPEL. Pelotas, RS, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-5467-7605

Résumé

Os objetivos deste estudo foram avaliar o grau de dependência e/ou independência nas atividades de vida diária e verificar a existência de sintomas depressivos em idosos praticantes
de atividades físicas (AF) participantes em um projeto de extensão universitária. A amostra foi intencional com 46 idosos – 36 mulheres e 10 homens. A grande maioria era caucasiana
(82,6%); aposentada (89,2%); casada (58,7%); morava acompanhada (73,9%); e recebia mais de dois salários-mínimos (71,7%). O projeto tinha frequência de dois encontros semanais, sendo que um dos grupos realizava treinamento combinado e o outro realizava ginástica. Em relação à capacidade funcional, 43 idosos (93,5%) relataram não ter dificuldades em realizar atividades de vida diária e 3 (6,5%) relataram ter incontinência urinária. Considerando a Escala de Depressão Geriátrica, somente 6 (13,0%) apresentaram sintomas de depressão leve. A prática de AF e a decorrente socialização podem ser métodos não farmacológicos para auxiliar na prevenção ou no tratamento da depressão.

##plugins.generic.usageStats.downloads##

##plugins.generic.usageStats.noStats##

Bibliographies de l'auteur

Adriana Schüler Cavalli, Universidade Federal de Pelotas. Pelotas-RS, Brasil.

Doutora em Ciências da Saúde e Esporte pela ChukyoUniversity, Japão. Atualmente é Professora Associada na Escola Superior de Educação Física da Universidade Federal de Pelotas, localizada na Rua Luís de Camões, 625, CEP 96055-630, Pelotas, Rio Grande do Sul

Rodrigo de Souza Sigalles, Universidade Federal de Pelotas. Pelotas-RS, Brasil.

Professor de Educação Física, Curso de Bacharelado pela Escola Superior de Educação Física da Universidade Federal de Pelotas, localizada na Rua Luís de Camões, 625, CEP 96055-630, Pelotas, Rio Grande do Sul – Brasil.

Mateus Schmeckel Mota, Universidade Federal de Pelotas - UFPEL. Pelotas, RS, Brasil.

Mestrando em Educação Matemática PPGEMAT/UFPel.  Graduado em Gestão Pública pela Universidade Luterana do Brasil. Assistente em Adm. da Universidade Federal de Pelotas atuando como chefe do Núcleo de Apoio a Projetos de Extensão da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura - PREC/UFPel, localizada na Rua Gomes Carneiro, 01, CEP 96010-610, Pelotas, Rio Grande do Sul – Brasil.

José Antonio Bicca Ribeiro, Universidade Federal de Pelotas. Pelotas-RS, Brasil.

Doutor em Educação Física pela Universidade Federal de Pelotas. Professor no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), localizado na Rua Engenheiro Alfredo Huch, 475, CEP 96201-460, Rio Grande, Rio Grande do Sul - Brasil.

Marcelo Olivera Cavalli, Universidade Federal de Pelotas - UFPEL. Pelotas, RS, Brasil.

Doutor em Ciências da Saúde e Esporte pela ChukyoUniversity, Japão. Atualmente é Professor Associado na Escola Superior de Educação Física da Universidade Federal de Pelotas, localizada na Rua Luís de Camões, 625, CEP 96055-630, Pelotas, Rio Grande do Sul – Brasil.

Références

BATISTONE, S. S. T.; NERI, A. L. Percepção de classe social entre idosos e suas relações com aspectos emocionais do envelhecimento. PsicologiaemPesquisa, v.1, n.2,p.3-10, 2007.

BIRD, M. J.; PARSLOW, L. A. Potential for community programs to prevent depression in older people. Medicine Journal, v. 177,p.107-110, 2002.

BLAY, S. et al. Depression morbidity in later life: prevalence and correlates in a developing country. American Journal of Geriatric Psychiatry, v.15, n.9, p.790-799, 2007.

BOOTH, F. W.; ROBERTS, C. K.; LAYE, M. J. Lack of exercise is a major cause of chronic diseases. ComprehensivePhysiology, v. 2, n. 2, p. 1143-1211, 2012.

BRANCO, J.C. et al.Benefícios físicos e redução de sintomas depressivos em idosos: resultados do Programa Nacional de Caminhada Portuguesa. Ciênc. Saúde Coletiva,v.20, n. 3, p.789-795, 2015.

BRETANHA, A. F. et al. Sintomas depressivos em idosos residentes em áreas de abrangência das Unidades Básicas de Saúde da zona urbana de Bagé, RS. Revista Brasileira de Epidemiologia, v.18, n.1, p.1-12, 2015.

BRUCE, M.L. Psychosocialriskfactors for depressivedisorders in late life. Biol. Psychiatry, v. 52, n.3, p. 175-84, 2002.

BORGES, L. J.et al. Fatores associados aos sintomas depressivos em idosos: estudo EpiFloripa. Revista de Saúde Pública, v. 47, n.4, p. 701-710, 2013.

CAREK, P. J.; LAIBSTAIN, S. E.; CAREK, S.M. Exercise for the treatment of depression and anxiety. The International Journal of Psychiatry in Medicine, v. 41, n. 1, p. 15-28, 2011.

CHISHOLM, D. et al. Scaling-up treatment of depression and anxiety: a global return on investment analysis. The Lancet Psychiatry,v.3, p.415–424, 2016.

DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONOMICOS, DIEESE. Boletim especial:quem são os idosos brasileiros.n. 1, 30 abr. 2020. Disponível em: http://www.dieese.org.br/boletimespecial/2020/boletimEspecial01.html. Acesso em: 19 abr. 2022.

DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONOMICOS, DIEESE. Dia Nacional do Idoso: conheça políticas públicas para essa população. 1 out. 2021. Disponível em: http://www.//agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2021-10/dia-nacional-do-idoso-conheca-politicas-publicas-para-essa-populacao. Acesso em: 19 abr. 2022.

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO. Decreto nº 9.661, 2019; Disponível em http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/57510734/do1esp-2019-01-01-decreto-n-9-661-de-1-de-janeiro-de-2019-57510684. Acesso em: 4nov.2019.

DUARTE, Y.A.O.; ANDRADE, C.L.; LEBRÃO, M.L.O índex de Katz na avaliação da funcionalidade dos idosos. Rev. Esc. Enferm. USP, v.41, n. 2, p. 317-325, 2007.

FERNANDES, M.G.M.; NASCIMENTO, N.F.S.; COSTA, K.N.F.M. Prevalência e determinantes de sintomas depressivos em idosos atendidos na atenção primária de saúde. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, v.11, n.1, p. 19-27, 2010.

FERREIRA, O.G.L. et al. Envelhecimento ativo e sua relação com a independência funcional. TextoContextoEnferm, Florianópolis, v.21, n. 3, p. 513-518, jul./set. 2012.

FERREIRA, L. et al. Evaluation of depression levels in elderly practitioners of different physical exercise. ConScientiae Saúde, v.13, n. 3, p. 171-178, 2014.

GONÇALVES, A.K; et al.Qualidade de vida e sintomas depressivos em idosos de três faixas etárias praticantes de atividade física. Revista Kairós Gerontologia, v.17, n.3, p.79-94, 2014.

GRINBERG, L. P. Depressão em idosos: desafios no diagnóstico e tratamento. [S. l.]: Grupo Editorial Moreira Jr., 2006.

GUIA DE ATIVIDADE FÍSICA PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA. Brasília: Ministério da Saúdem 2021. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_atividade_fisica_populacao_brasileira.pdf. Acessoem: 12 abr. 2022.

HALLAL, P. C. et al. Global physical activity levels: surveillance progress, pitfalls, and prospects. The Lancet, v. 380, n. 9838, p. 247-257, 2012.

HILL, K.D. et al. Individualized home-based exercise programs for older people to reduce falls and improve physical performance: a systematic review and meta-analysis. Maturitas, v. 82, n. 1, p. 72-84, 2015.

HOFFMANN, E.J. et al. Sintomas depressivos e fatores associados entre idosos residentes em uma comunidade no norte de Minas Gerais, Brasil. JornalBrasileiro de Psiquiatria, v.59, n. 3, p.190-197, 2010.

HONG, S. I.; HASCHE, L.; BOWLAND, S.Structural relationships between social activities and longitudinal trajectories of depression among older adults. Gerontologist,v.49, n.1, p.1-11, 2009.

KATONA,C.et al.The symptomatology of depression in the elderly. Int. Clin. Psychopharmacol.v.12, n.7,p. 19-23, 1997.

KOENING, H.G. Religion and depression in older medical inpatients.Am. J. Geriatr. Psychiatry.v. 15, n.4, p.282-291, 2007.

LEBRÃO, M. L; LAURENTI, R. Saúde, bem-estar e envelhecimento: o estudo SABE no Município de São Paulo. Revista Brasileira de Epidemiologia, v.8,n.2, p.127-141, 2005.

LAMPINEM, P.; HEIKKINEN, R.; RUOPPILA, I. Changes in intensity of physical exercise as predictors of depressive symptoms among older adults: an eight-year follow-up. Preventive Medicine, v. 30, n.5, p. 371-380, 2000.

LIMA, M.T.R.; SILVA, R.S.; RAMOS, L.R. Fatores associados à sintomatologia depressiva numa coorte urbana de idosos. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, v.58, n.1, p.1-7, 2009.

NASCIMENTO, C.M.C. et al. Physicalexercises, functionalcapacityanddepressivesymptoms in Brazilianelderly. Rev. Bras. Cineantropom. Desempenho Hum., v.15, n.4, p.486-497, 2013.

OLIVEIRA, M. F. et al. Sintomatologia de depressão autorreferida por idosos que vivem em comunidade. Ciência & Saúde Coletiva, v.17, n.8, p.2191-2198, 2012.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Relatório Mundial de Envelhecimento e Saúde.2015. Disponível em: http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/186468/WHO_FWC_ALC_15.01_por.pdf;jsessionid=EE70A7032797AF9D9CAA7DBBD3185D33?sequence=6. Acesso em: 1 abr. 2022.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE.Depressionandother common mental disorders: global health estimates. Geneva: World Health Organization, 2017.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Comprehensive mental health action plan 2013–2030.2021. Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/345301/9789240031029-eng.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 1 abr. 2022.

PARADELA, E.M.P.; LOURENÇO, R.A.;VERAS, R. P. Validação da escala de depressão geriátrica em um ambulatório geral.Rev. Saúde Pública, v.39, n.6, p. 918-923, 2005.

PESQUISA Nacional de Saúde. PNS. 2013. Disponível em: https://www.pns.icict.fiocruz.br/index.php?pag=resultados. Acesso em: 25 abr. 2019.

SASS, A. et al. Depressão em idosos inscritos no Programa de Controle de Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus. Acta Paulista Enfermagem, v.25, n.1, p.80-85, 2012.

SILVA, E.R.; SOUSA, A.R.P.; FERREIRA, L.B. Prevalência e fatores associados à depressão entre idosos institucionalizados: subsídio ao cuidado de enfermagem. Rev.Esc.Enferm. USP, v. 46, n.6, p.1387-1393, 2012.

SIMSEK, H. et al. Relationship of socioeconomic status with health behaviors and self-perceived health in the elderly: a community-based study.TurkeyGeriatr. GerontolInt., v.14, p. 960-968, 2015.

SMITH, M.;HAEDTKE, C.; SHIBLEY, D. Late life depression detection: an evidence-based guideline. JournalGerontolicalNursing, v.41, n.2, p.18-25, 2015.

SOUZA, D.B.; SERRA, A. J.; SUZUKI, F. S. Atividade física e nível de depressão em idosas. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, v.16, n.1, p. 3-6, 2012.

SUN, F.; NORMAN, I.J.; WHILE, A. E. Physicalactivity in olderpeople: a systematicreview. BMC Public Health, v. 13, n. 1, p. 449, 2013.

THOMAS, J.R.; NELSON, J.K.; SILVERMAN, S.J. Métodos de pesquisa em atividade física. [S. l.]: Artmed, 2007.

UNÜTZER, J.; PARK, M. Older adults with severe, treatment-resistant depression. The Journal of the American Medical Association, v.308, n. 9, p. 909-918, 2012.

VINK,D.;AARTSEN,M.J.; SCHOEVERS, R.A. Risk factors for anxiety and depression in the elderly: a review. J. Affect Disord., v. 106, n.1-2, p. 29-44, 2008.

Publiée
2022-09-22