AS PRÁTICAS DE INCLUSÃO POR CIRCULAÇÃO
formas de governar a população no espaço aberto
Résumé
Este artigo apresenta discussões acerca dos deslocamentos operados nas práticas de in/exclusão desenvolvidas ao longo da história do Ocidente. A partir do pensamento foucaultiano, entende-se que as práticas de inclusão/exclusão são, por excelência, práticas de governamento que operam de formas distintas sobre a conduta dos sujeitos. Neste texto, argumento que, na Contemporaneidade, é possível visualizar novas formas de governamento que não operam tanto por meio da exclusão dos sujeitos como na Idade Média, ou da sua reclusão em instituições de confinamento, como na Modernidade, mas por meio de práticas de inclusão que se sustentam na circulação dos sujeitos, exigindo, assim, novas estratégias que atuem na modulação da conduta de todos aqueles que devem transitar ao ar livre. Trata-se da produção de um êthos inclusivo que molda a subjetividade de todos e de cada um.