Pombalismo e a agenda reformista, por uma atuação mais reguladora no Portugal de meados do século XVIII
Resumo
A historiografia portuguesa consolidou a partir dos estudos célebres de António Manuel Hespanha, a imagem de uma monarquia corporativa, onde se verifica a existência de uma complexa e intrincada rede de poderes e jurisdições, a materialização de uma arquitetura de poderes, sendo o monarca representado como a “cabeça” de um extenso corpo social. A propósito de tal assertiva, nos interessa pensar as reformas que tiveram lugar na monarquia lusa a partir de meados do século XVIII, movimento inspirado nas linhas do cameralismo alemão e na police francesa, e que teve na atuação de Sebastião José de Carvalho e Melo – marquês de Pombal – um papel fundamental. É sobre tal agenda reformista, extremamente alinhada à police de Nicolas Delamare que passaremos nesse artigo.