Políticas de resistência feminista
evangélicas em luta por direitos
Resumo
Observa-se um avanço neoconservador no Brasil e na América Latina, protagonizado pelos segmentos evangélicos, que ameaçam cada vez mais a autonomia feminina. Diante deste cenário de retrocessos políticos e sociais, evangélicas têm formado coletivos feministas. Este trabalho busca investigar a atuação recente das Evangélicas pela Igualdade de Gênero (EIG), com o intuito de refletir sobre a relação entre gênero, religião evangélica e feminismos, consistindo em uma descrição dos materiais divulgados nas páginas oficiais de web da EIG e na realização de uma entrevista com uma de suas fundadoras. O resultado indica a construção de políticas de resistência no interior das igrejas evangélicas, disputando as interpretações bíblicas e sensibilizando mais mulheres sobre seus direitos humanos, além de atuar em rede ocupando espaços acadêmicos, religiosos e públicos na defesa de uma agenda feminista.