MATERIALIDADES DISCRIMINATÓRIAS
RACISMO CONCRETIZADO NO COTIDIANO
Résumé
Busco, neste artigo, dar contribuições arqueológicas ao debate sobre o racismo
no Brasil, focando na potência de materialidades discriminatórias que atuam no
seio estrutural e sistêmico do racismo à brasileira e, portanto, na manutenção
de privilégios materiais. Materialidades discriminatórias são marcas físicas
de opressão que estabelecem normas de exclusão e perpetuam o privilégio
branco. São tecnologias culpadas e responsáveis pelo racismo como fm coletivo.
Argumento que arqueologias antirracistas devem expor e problematizar discursos
materiais que normalizam relações sociais racistas no cotidiano através de corpos,
objetos e espaços. Dou sugestões de como a branquitude-arqueológica pode se
juntar à luta antirracista da negritude-arqueológica usando seus privilégios e suas
posições de poder na prática da disciplina e na construção de suas narrativas e
escolha de temas, atentos a lugares de fala e representatividades.