UMA ANÁLISE SOBRE A “CAMPANHA PERMANENTE CONTRA OS AGROTÓXICOS E PELA VIDA”
Résumé
No contexto em que o Brasil se torna o principal consumidor mundial de agrotóxicos, um conjunto de atores sociais como movimentos sociais do campo, organizações não governamentais, sindicatos
rurais e urbanos, organizam a “Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida” com o intuito de chamar a atenção para a sociedade brasileira diante do eminente risco que estes produtos químicos acarretam para a saúde humana e para o meio ambiente. Por meio desse artigo propomos refletir sobre o processo desenvolvido por esta campanha a partir da seguinte questão: que fatores podem ser mobilizados para explicar o crescimento em termos organizativos da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida? O artigo é fundamento na análise de materiais produzidos pela campanha, bem como pelas adesões de novos atores sociais que adentraram na campanha desde seu começo. Em termos teóricos, buscamos nos fundamentar nas discussões sobre sociedade global de risco de Ulrich Beck bem como no conceito de sistemas peritos de Anthony Giddens.