A RESILIÊNCIA ESCONDIDA NOS ABRIGOS NUCLEARES
Abstract
O período de confinamento devido à pandemia do novo coronavírus serve para que se reavalie as formas como as pessoas costumam proteger-se. Entre os formatos oferecidos, de uma forma ou outra eles advêm da especulação sobre o medo. Talvez as diferenças entre suportar o horror do imponderável (como na época da Guerra Fria) ou o horror do invisível de agora, sejam mínimas. Há um vínculo muito estreito entre a obsessão pelos abrigos nucleares de outrora com as precauções que vestimos hoje para evitar o letal que pode nos alcançar em qualquer esquina urbana a um espirro de distância. Mas o que seria real nisso? Será que vivenciamos, in-di-vi-du-al-men-te, a manifestação coletiva de um imaginário de medo, desconforto e insegurança em nosso formato social?