RESILIÊNCIA COMO DEFORMAÇÃO
UM CONCEITO FILOSÓFICO? ARQUITETURA, PSICOLOGIA E MÁQUINAS DESEJANTES
Abstract
O presente artigo procura discutir a ideia de resiliência, um conceito amplo que pode transitar por muitos territórios, como a física e a psicologia, e que, por esse motivo, nos impõe filosofar. Propomos, então, um diálogo entre a psicologia, a arquitetura e o urbanismo a fim de problematizar e refletir sobre a atuação social dessas áreas, buscando possíveis relações com o termo “resiliência”. Para isso, utilizamos conceitos de alguns teóricos da psicanálise, da filosofia da diferença, da arquitetura e do urbanismo. Por fim, apresentamos alguns novos componentes do conceito de resiliência, tentando aproximá-lo mais da ideia de processos de criação (características imanentes aos encontros) que, antes de tudo, deformam os corpos, em relação a um uso pautado na individualização, que toma por base corpos normatizados pelo próprio uso do conceito.