O CORPO TRANSFIGURADO
PORQUE A NOITE É SEMPRE OUTRA
Résumé
Diante do trabalho Da série Incursões Noturnas – Pátio / 003, por mim realizado em 2008, proponho um relato de processo e a leitura da obra, na qual observa-se a transfiguração do corpo na superfície fotográfica. A desorganização da figura pela captura do movimento suscita a relação com o conceito de corpo sem órgãos de Deleuze e Guattari. A forma espectral da imagem que insiste em séries dissemelhantes, sugere a noção de imagem fantasma, possibilitando a discussão sobre a relação da fotografia com a imagem ícone e a imagem simulacro, diferenciadas por Platão. Para pensar o caráter da fotografia no contexto das Incursões Noturnas, cujas imagens afirmam-se como cópias distorcidas da ação, como a imagem fantasma, propõe-se uma análise do conceito de simulacro em Deleuze, a partir da reversão do platonismo em Nietzsche.