PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA BIENAL DO JOGO E EDUCAÇÃO
ALGUMAS POTENCIALIDADES DO BRINCAR COMUNITÁRIO, POPULAR E INCLUSIVO
Resumo
Este texto apresenta algumas potencialidades do brincar comunitário, popular e inclusivo da
III Edição da Bienal do Jogo e Educação, Projeto de Extensão Universitária, vinculado à Univer-
sidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A Bienal do Jogo e Educação fundamenta-se na
Ludopedagogia, na Educação Popular e nas Pedagogias da Diferença. Na primeira edição (2018)
a temática mobilizada foi a Multiplicidade dos Corpos (#multiplosecorpos) e na segunda edição
(2020) a Escuta e o Amor (#escutamor). No ano de 2022 o tema gerador da Bienal utilizou-se
da composição das palavras Mambembe e Itinerante (#mambembe+itinerante), justamente
para marcar a importância do encontro presencial e inclusivo após a pandemia da Covid-19,
um período de distanciamento social e cuidados sanitários. Ao longo do ano de 2022 a equipe
executora e a coordenação do projeto promoveram encontros com os territórios das cidades
que possibilitam às pessoas jogarem de forma livre, experimental e lúdica: ruas, parques, praças,
pátios, ginásios, escolas, pracinhas, teatros, espaços rurais, espaços naturais, jardins, etc. Realizou
encontros preparatórios e lançamentos em diferentes espaços educativos da região de Porto
Alegre, no Brasil, e, virtualmente, em diferentes mídias, escolas e universidades da região de
Montevidéu, no Uruguai. No mês de setembro de 2022 aconteceu a culminância do projeto,
três dias inteiros e diversos, de encontros com as singularidades do jogar, do brincar, com as
pessoas, através das oficinas, dos ateliers, das conversações e outras atividades organizadas
por diferentes projetos sociais, unidades acadêmicas, coletivos autônomos, comunidades, entre
outresparceires. A Bienal do Jogo e Educação trabalha com a imprevisibilidade do jogo, visto
que propõe o brincar com materiais estruturados e não estruturados, com rodas, com danças, com a multiplicidade dos corpos, com perspectivas inclusivas. Torna-se relevante destacar que
as participações foram marcadas por docentes, estudantes de diferentes níveis de formação e
pessoas de diversas áreas de atuação. Docentes universitários parceiros da Bienal relataram a
importância deste Festival do Brincar, que envolve territórios, culturas, artes, filosofias, outros
modos de existir na contemporaneidade, sendo um encontro que não esquece do rigor do brincar
(vivíssimo, experienciado e fundamentado).