A INSURREIÇÃO DOS SABERES EM MICHEL FOUCAULT

  • Maria Manuela Alves Garcia
Palavras-chave: História, método histórico, poder-saber, subjetivação

Resumo

O artigo comenta, desdobra e multiplica o sentido do discurso de Michel Foucault acerca da história e de uma analítica dos saberes, enfocando a produtividade para a teoria e a pesquisa educacional de noções como “poder-saber”, “regime de saber” e “regime de verdade”. Defende que o sujeito e a individualidade modernas são ao mesmo tempo produtos e objetos do poder e do saber, e que estes, mesmo sendo aspectos distintos e possíveis de serem dissociados, mantêm uma relação circular: o poder no seu exercício produz saber, e o saber, por sua vez, institui efeitos de poder e verdade que nomeiam os indivíduos e a história de formas particulares. Desde essa perspectiva, a escola e a pedagogia estão profundamente implicadas no governo e no autogoverno da conduta humana e na produção de uma humanidade essencializada, idêntica à sua própria consciência, unitária e soberana de si mesmo e da história. Discute ainda qual a natureza da crítica teórica e da liberdade desde um ponto de vista não humanista.

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