UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL (UAB)
re) modelando o território da formação de professores
Resumo
Problematizam-se as relações entre a política da Universidade Aberta do Brasil (UAB) e o governo da conduta docente através da Educação a Distância. Operando com as noções de discurso e governamentalidade na perspectiva de Michel Foucault, analisam-se as estratégias discursivas de um conjunto de documentos e enunciados oficiais (textos legislativos, pronunciamentos, entrevistas e outras declarações de representantes do governo em eventos ou sites do Ministério da Educação, na Internet), e seus efeitos sobre a formação e os professores. Argumenta-se que a UAB vem estabelecendo uma nova geometria para a formação e o trabalho docente com promessas de modernização da formação; de interiorização do ensino superior; de democratização do acesso; de formação continuada e de inclusão social e digital. Destaca-se, ainda, que a UAB está implicada na fabricação de um sujeito flexível, ativo e autogovernado e na flexibilização da estrutura universitária e das relações de trabalho.