O DEBATE ACERCA DA GESTÃO CURRICULAR NAS ESCOLAS BÁSICAS PORTUGUESAS

entre o olhar sobre o umbigo e a abertura da caixa de Pandora

  • António Carlos da Luz Correia

Résumé

Tomando como ponto de partida algumas decisões políticas acerca do modo como as escolas do ensino básico podem organizar e gerir os seus projectos curriculares, no quadro de um currículo nacional, discute-se a complexidade das implicações deste processo, o qual, longe de constituir uma mera mudança de terminologia empregue, afecta a organização do trabalho docente, a gestão dos programas das disciplinas e obriga a repensar o modo como se processam e se materializam as aprendizagens dos alunos. Estas mudanças podem até, apesar de uma retórica progressista, de reforço da autonomia das escolas e da profissionalidade docente, gerar o efeito oposto daquele que publicitam, acentuando a compartimentação das disciplinas e isolando ainda mais os professores numa lógica individualista e estritamente disciplinar sem coerência de conjunto.

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