CONSTITUIÇÃO DAS DOENÇAS DA DOCÊNCIA

  • Jarbas Santos Vieira
  • Maria Manuela Alves Garcia
  • Maria de Fátima Duarte Martins
  • Leomar Eslabão
  • Aline Ferraz da Silva
  • Vera Gainssa Balinhas
  • Carmem Lúcia Fetter
  • Vanessa Bugs Gonçalves
Palavras-chave: trabalho docente, mal-estar docente, medicamentação, controle

Resumo

Este artigo discute alguns resultados da pesquisa ‘Constituição das doenças da docência’, desenvolvida entre junho de 2007 e outubro de 2009, cujo objetivo foi analisar a relação entre o processo de trabalho e o mal-estar docente em escolas públicas municipais da cidade de Pelotas/RS. A pesquisa teve uma dimensão quantitativa que, valendo-se do programa estatístico SPSS 13.0, analisou dados funcionais e médicos do professorado; e uma dimensão qualitativa, na qual foram entrevistadas professoras que tiraram licença de saúde entre 2006-2007. Os dados foram comparados com a literatura nacional e internacional. Conclui-se que as condições de trabalho e as formas de tratamento do poder público contribuem para o crescimento de problemas de saúde na categoria. Soma-se a isso uma imagem idealizada das professoras sobre o sentido e o significado de seu trabalho; imagem cujo componente básico é a ideia de sacrifício como constituinte da profissão. Os efeitos dessa realidade têm provocado a disseminação do uso de medicamentos na categoria e aumentado os riscos sobre a saúde de cada professora. A medicação funciona pedagógica e administrativamente como mais um mecanismo de controle sobre o trabalho docente.

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Artigos