O EFEITO DEVASTADOR DA PANDEMIA PARA AS MULHERES E A INFLUÊNCIA NAS CONDIÇÕES DE VIDA E TRABALHO

  • Adriana Lessa Cardoso
  • Lígia Maria Ávila Chiarelli

Résumé

O presente artigo busca compreender importantes consequências da pandemia sobre a vida e o trabalho das mulheres, sugerindo apontamentos que se identifiquem com as necessidades de mudança social e com as novas questões que devem ser tratadas pelos movimentos sociais e na academia, no que diz respeito às políticas públicas direcionadas ao trabalho das mulheres.  O referencial teórico utilizado para reflexão e análise tem como princípio o paradigma feminista crítico-dialético da divisão sexual do trabalho, visando à eliminação das hierarquias e acúmulo de tarefas. Utilizou-se revisão bibliográfica e documental como metodologia.  Assim, conclui-se que a pandemia tem um efeito devastador para a vida da população em geral, mas as mulheres, em que se considere o recorte de raça e classe, ainda são as mais prejudicadas devido à cultura patriarcal e sexista fundamentadora do capitalismo. Neste sentido, aponta-se para a necessidade de atualizar, definir novas pautas e fomentar o protagonismo das mulheres na transformação social.

##plugins.generic.usageStats.downloads##

##plugins.generic.usageStats.noStats##

Références

ANTUNES, Ricardo. O sentido do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. 2. ed. São Paulo: Boitempo, 2009.
ANTUNES, Ricardo. Adeus ao trabalho?: ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. 14. ED. São Paulo: Cortez, 2010.
CARRASCO, Cristina. A sustentabilidade da vida humana: um assunto de mulheres? In: FARIA, Nalu e NOBRE, Miriam. A produção do viver. Editora SOF. 2002.
FEDERICI, Silvia. Calibã e a Bruxa: Mulheres, Corpo e Acumulação Primitiva. São Paulo: Elefante, 2017.
FEDERICI, Silvia. O ponto zero da revolução: trabalho doméstico, revolução e luta feminista. Tradução de Coletivo Sycorax. São Paulo: Elefante, 2019.
HARVEY, David. A produção capitalista do espaço. São Paulo: Annablume, 2001.
HARVEY, David. Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. 14ª ed. São Paulo: edições Loyola, 2005.
HIRATA, Helena. Nova divisão sexual do trabalho? um olhar voltado para a empresa e a sociedade. São Paulo: Boitempo, 2002.
IPEA. Trabalho remoto no Brasil em 2020 sob a pandemia do Covid-19: quem, quantos e onde estão?. Nota de Conjuntura 6. Nº 52. 2021. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/conjuntura/210714_nota_trabalho_remoto.pdf. Acesso em: 15/10/2021.
LAGARDE, Marcela y de los Ríos. Los cautiverios de las mujeres: madresposas, monjas, putas, presas y locas. México: Siglo XXI, 2 ed. 2015.
MACHADO, Gabriele Petroski, MOURA, Reidy Rolim. Implicações da dupla jornada de trabalho na vida da mulher que está atuando na modalidade de teletrabalho em tempos de pandemia de covid -19. In: V SERPINF - Seminário Regional de Políticas Públicas, Intersetorialidade e Família e III SENPINF – Seminário Nacional de políticas públicas, Intersetorialidade e Família, 2013 , Plataforma Zoom Webinar. Anais...PUC/RS. Porto Alegre. PUC/RS. 2013.
RODRIGUES, Maria Natália Matias; MENEZES, Jaileila de Araújo. O desafio de pesquisar: reflexões sobre Metodologias e Feminismo a partir de uma experiência de pesquisa. In: Seminário Internacional Fazendo Gênero 10 (Anais Eletrônicos), Florianópolis, 2012.
SANTOS, Boaventura de Sousa. A cruel pedagogia do vírus. São Paulo: Boitempo, 2020.
SOF, Sempre Viva - Organização Feminista. Pesquisa Sem Parar: o trabalho e a vida das mulheres na pandemia. 2021. Disponível em: https://mulheresnapandemia.sof.org.br/wp-content/uploads/2020/08/Relatorio_Pesquisa_SemParar.pdf. Acesso em: 15/10/2021.
Publiée
2022-09-15
Rubrique
Artigos