Ensaio e negação a autonomia na política externa da Argentina (1983-1999)
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Résumé
O propósito deste artigo é realçar a conexão entre a organização do poder econômico e o trajeto da autonomia na política externa da Argentina entre 1983 e 1999. Argumenta-se que esta organização foi um fator decisivo para estabelecer a viabilidade interna das diretrizes de política externa desenhadas no período, especialmente aquelas elaboradas em resposta a pressões de origem internacional. As reformas empreendidas pelo regime autoritário (1976-1983) consolidaram o poder de setores específicos do capitalismo argentino, assegurando-lhes amplo poder de veto sobre as decisões adotadas pelos diferentes governos posteriores. Diante disto, as intenções de uma política externa autônoma no governo Alfonsín foram tolhidas pelas objeções internas feitas por estes grupos, ao passo em que, no governo Menem, a plena concretização de seus interesses implicou em negação do conteúdo autonomista da política externa.
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