APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL FRENTE A CRISES: UM OLHAR A PARTIR DA RESILIÊNCIA ORGANIZACIONAL
Abstract
Em um período turbulento marcado pela grave crise sanitária que eclodiu no Brasil, estudos têm buscado entender como as empresas se adaptam a essa nova configuração e se fortalecem nesse processo de enfrentamento a adversidades. Frente a isto, este estudo foi norteado pela seguinte questão de pesquisa: Como um período de pandemia pode gerar aprendizagem para uma empresa familiar por meio da resiliência organizacional? A partir da literatura de resiliência e aprendizagem organizacional, desenvolveu-se um estudo de caso em uma empresa familiar. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas, que enfatizaram aspectos inerentes a característica resiliente de aprendizagem e a aprendizagem informal, buscando relacioná-las com o intuito de entender o enfrentamento da empresa ao período de pandemia. Para a análise, fez-se uso da técnica de análise de conteúdo. Como principais resultados, destacam-se os aprendizados desenvolvidos a partir da ótica da capacidade de adaptação e de aprendizagem da resiliência organizacional, tais como: renegociações de contratos com maiores prazos, criação de reservas de recursos financeiros e evitar dispensar colaboradores com mais antecedência. Por fim, conclui-se apontando que a empresa analisada neste caso desenvolveu aprendizados para responder a futuras crises através de aspectos pertencentes a teoria da resiliência organizacional.
Downloads
Download data is not yet available.
References
Antonello, C. S. (2006). Aprendizagem na ação revisitada e sua relação com a noção de competência. Comportamento Organizacional e Gestão, 12(2), 199-220.
Annarelli, A., & Nonino, F. (2016). Strategic and operational management of organizational resilience: Current state of research and future directions. Omega, 62(1), 1-18. https://doi.org/10.1016/j.omega.2015.08.004
Bardin, L. (2011). Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70.
Brown, C., Seville, E., & Vargo, J. (2017). Measuring the organizational resilience of critical infrastructure providers: a New Zeeland casa study. International Journal of Critical Infrastructure Protection, 18, 37-49. https://doi.org/10.1016/j.ijcip.2017.05.002
Burnard, K., & Bramra, R. (2011). Organisational resilience: development of a conceptual framework for organisational responses. International Journal of Production Research, 49(18), 5581-5599. https://doi.org/10.1080/00207543.2011.563827
Burnard, K., Bhamra, R., & Tsinopoulos, C. (2018). Building organizational resilience: Four configurations. IEEE transactions on engineering management, 65(3), 351-362. https://doi.org/10.1109/TEM.2018.2796181
Carmeli, A., & Sheaffer, Z. (2008). How learning leadership and organizational learning from failures enhance perceived organizational capacity to adapt to the task environment. Journal of Applied Behavioral Science, 44(4), 468-489. https://doi.org/10.1177/0021886308323822
Coelho Junior, F. A., & Borges-Andrade, J. E. (2008). Uso do conceito de aprendizagem em estudos organizacionais. Paideia, 40(18), 221-234. https://doi.org/10.1590/S0103-863X2008000200002
Creswell, J. W., & Poth, C. N. (2016). Qualitative inquiry and research desing: choosing among five approaches. Sage.
Coutinho, C. P. (2008). A qualidade da investigação educativa de natureza qualitativa: questões relativas à fidelidade e validade. Educação Unisinos, 12(1), 5-15.
Flach, L., & Antonello, C. S. (2010). A teoria sobre aprendizagem informal e suas implicações nas organizações. Revista Eletrônica de Gestão Organizacional, 8(2), 193-208.
Gimenez, A. B. (2020). Estratégias de aprendizagem no trabalho: uma prática exigida pela atualidade. Revista Eletrônica Gestão & Sociedade, 14(37), 3306-3337. https://doi.org/10.21171/ges.v14i37.2669
Herbane, B. (2019). Rethinking organizational resilience and strategic renewal in SMEs. Entrepreneurship & Regional Development, 31(5-6), 476-495. https://doi.org/10.1080/08985626.2018.1541594
Lavarda, R. A. B., & Leite, F. K. (2022). Open strategizing and organizational resilience considering the environmental uncertainty. Revista Ibero-Americana de Estratégia, 21(2), 21447. https://doi.org/10.5585/riae.v21i2.21447.
Lefrançois, G. R. (2008). Teorias da Aprendizagem. São Paulo: Cengage.
Leite, F. K., Silveira-Martins, E., Raasch, M., Capuano, A. P. C., D’ávila, L. C. (2019). Análise do Processo de Adaptação Estratégica do NewWay Lanches segundo o Modelo de Tushman e Romanelli (1985). In: XLIII Encontro da ANPAD, 2019, São Paulo. Anais. São Paulo: EnANPAD.
Lengnick-Hall, C. A., Beck, T. E., & Lengnick-Hall, M. L. (2011). Developing a capacity for organizational resilience through strategic human resource management. Human Resource Management Review, 21(3), 243–255. https://doi.org/10.1016/j.hrmr.2010.07.001
Linnenluecke, M. K., Griffiths, A., & Winn, M. (2012). Extreme weather events and the critical importance of anticipatory adaptation and organizational resilience in responding to impacts. Business Strategic and the Environment, 21, 17-32. https://doi.org/10.1002/bse.708
Meyer, A. D. (1982). Adapting to environmental jolts. Administrative Science Qurterly, 27(4), 515-537. https://doi.org/10.2307/2392528
Miles, R., & Snow, C. (1978). Organizational strategy, structure, and process. Academy of Management, 3(3), 546-562. https://doi.org/10.5465/amr.1978.4305755
Nogueira, M. G. S., Gonçalo, C. R., & Verdinelli, M. A. (2017). Proposição e validação de instrumento de mensuração da capacidade estratégica de resiliência organizacional. Revista Espacios, 37(7), 18-33.
Pellissier, R. (2011). The Implementation of Resilience Engineering to Enhance Organizational Innovation in a Complex Environment. Intemational Joumal of Business and Management, 6(1), 145-164.
Porter, M. E. (1982). Competitive strategy. RAE-Revista de Administração de Empresas, 22(2), 44-46.
Rosa, C., Silva, P. R., Sausen, J. O. (2019). Mudança e adaptação estratégica no contexto do desenvolvimento das capacidades dinâmicas. In: IX Seminário Internacional sobre Desenvolvimento Regional, 2019, Santa Cruz do Sul. Anais. Santa Cruz do Sul: SIDR.
Sampaio, N. S. de P., Borges-Andrade, J. E., & Bonatti, C. L. (2018). Aprendizagem no Trabalho. Psicología desde el Caribe, 35(special issue), 1-21.
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. (2020). Boletins de Impacto e Tendências Setoriais. Disponível em: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/boletins-de-impacto-e-tendencias-setoriais,2e1cb5241c951710VgnVCM1000004c00210aRCRD. Acesso em: 31 mar. 2021.
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. (2020a). Boletim de Impacto e Tendências nº 17 (07/08/2020). 17 ed. São Paulo. 13p. Disponível em: https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/a246523555d874372d9cdb9b2c966a79/$File/19657.pdf. Acesso em: 31 mar. 2021.
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. (2020b). Boletim de Impacto e Tendências nº 18 (21/08/2020). 18 ed. São Paulo. 14p. Disponível em: https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/f57c178272830f1ee05285552d9dcd6f/$File/19729.pdf. Acesso em: 31 mar. 2021.
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. (2020c). Boletim de Impacto e Tendências nº 20 (18/09/2020). 20 ed. São Paulo. 13p. Disponível em: https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/18944dc5cbf51d5b3c2ef0790b4f9212/$File/30329.pdf. Acesso em: 31 mar. 2021.
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. (2020d). Boletim de Impacto e Tendências nº 21 (02/10/2020). 21 ed. São Paulo. 14p. Disponível em: https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/5e6b8d768ab7d062f5f9e26daf6ddcf7/$File/30525.pdf. Acesso em: 31 mar. 2021.
Silveira-Martins, E., Daneluz, M. O., Leite, F. K. (2017). O bebum que não bebe: um caso para ensino sobre orientação empreendedora. Perspectivas Contemporâneas, 12(2), 211-233.
Souza, C. R., Tanaka, J. O., Dias, M. F., & Silva, M. B. (2014). O processo e os estilos de aprendizagem de gestores de diferentes formações: administradores e não administradores. Revista de Gestão e Secretariado, 5(2), 72-96. https://doi.org/10.7769/gesec.v5i2.268
Vogus, T., Sutcliffe, K. (2007). Organizational resilience: towards a theory and research agenda. In: IEEE International Conference on Systems, Man, and Cybernetics, 2007, Montreal. Anais. Montreal: IEEE.
Wedawatta, G., Ingirige, B., & Amaratunga, D. (2010). Building up resilience of construction sector SMEs and their supply chains to extreme weather events. International Journal of Strategic Property Management, 14(4), 362-375. https://doi.org/10.3846/ijspm.2010.27
Yin, R. K. (2018). Case study research and applications: desing and methods. 6. ed. California: Sage.
Annarelli, A., & Nonino, F. (2016). Strategic and operational management of organizational resilience: Current state of research and future directions. Omega, 62(1), 1-18. https://doi.org/10.1016/j.omega.2015.08.004
Bardin, L. (2011). Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70.
Brown, C., Seville, E., & Vargo, J. (2017). Measuring the organizational resilience of critical infrastructure providers: a New Zeeland casa study. International Journal of Critical Infrastructure Protection, 18, 37-49. https://doi.org/10.1016/j.ijcip.2017.05.002
Burnard, K., & Bramra, R. (2011). Organisational resilience: development of a conceptual framework for organisational responses. International Journal of Production Research, 49(18), 5581-5599. https://doi.org/10.1080/00207543.2011.563827
Burnard, K., Bhamra, R., & Tsinopoulos, C. (2018). Building organizational resilience: Four configurations. IEEE transactions on engineering management, 65(3), 351-362. https://doi.org/10.1109/TEM.2018.2796181
Carmeli, A., & Sheaffer, Z. (2008). How learning leadership and organizational learning from failures enhance perceived organizational capacity to adapt to the task environment. Journal of Applied Behavioral Science, 44(4), 468-489. https://doi.org/10.1177/0021886308323822
Coelho Junior, F. A., & Borges-Andrade, J. E. (2008). Uso do conceito de aprendizagem em estudos organizacionais. Paideia, 40(18), 221-234. https://doi.org/10.1590/S0103-863X2008000200002
Creswell, J. W., & Poth, C. N. (2016). Qualitative inquiry and research desing: choosing among five approaches. Sage.
Coutinho, C. P. (2008). A qualidade da investigação educativa de natureza qualitativa: questões relativas à fidelidade e validade. Educação Unisinos, 12(1), 5-15.
Flach, L., & Antonello, C. S. (2010). A teoria sobre aprendizagem informal e suas implicações nas organizações. Revista Eletrônica de Gestão Organizacional, 8(2), 193-208.
Gimenez, A. B. (2020). Estratégias de aprendizagem no trabalho: uma prática exigida pela atualidade. Revista Eletrônica Gestão & Sociedade, 14(37), 3306-3337. https://doi.org/10.21171/ges.v14i37.2669
Herbane, B. (2019). Rethinking organizational resilience and strategic renewal in SMEs. Entrepreneurship & Regional Development, 31(5-6), 476-495. https://doi.org/10.1080/08985626.2018.1541594
Lavarda, R. A. B., & Leite, F. K. (2022). Open strategizing and organizational resilience considering the environmental uncertainty. Revista Ibero-Americana de Estratégia, 21(2), 21447. https://doi.org/10.5585/riae.v21i2.21447.
Lefrançois, G. R. (2008). Teorias da Aprendizagem. São Paulo: Cengage.
Leite, F. K., Silveira-Martins, E., Raasch, M., Capuano, A. P. C., D’ávila, L. C. (2019). Análise do Processo de Adaptação Estratégica do NewWay Lanches segundo o Modelo de Tushman e Romanelli (1985). In: XLIII Encontro da ANPAD, 2019, São Paulo. Anais. São Paulo: EnANPAD.
Lengnick-Hall, C. A., Beck, T. E., & Lengnick-Hall, M. L. (2011). Developing a capacity for organizational resilience through strategic human resource management. Human Resource Management Review, 21(3), 243–255. https://doi.org/10.1016/j.hrmr.2010.07.001
Linnenluecke, M. K., Griffiths, A., & Winn, M. (2012). Extreme weather events and the critical importance of anticipatory adaptation and organizational resilience in responding to impacts. Business Strategic and the Environment, 21, 17-32. https://doi.org/10.1002/bse.708
Meyer, A. D. (1982). Adapting to environmental jolts. Administrative Science Qurterly, 27(4), 515-537. https://doi.org/10.2307/2392528
Miles, R., & Snow, C. (1978). Organizational strategy, structure, and process. Academy of Management, 3(3), 546-562. https://doi.org/10.5465/amr.1978.4305755
Nogueira, M. G. S., Gonçalo, C. R., & Verdinelli, M. A. (2017). Proposição e validação de instrumento de mensuração da capacidade estratégica de resiliência organizacional. Revista Espacios, 37(7), 18-33.
Pellissier, R. (2011). The Implementation of Resilience Engineering to Enhance Organizational Innovation in a Complex Environment. Intemational Joumal of Business and Management, 6(1), 145-164.
Porter, M. E. (1982). Competitive strategy. RAE-Revista de Administração de Empresas, 22(2), 44-46.
Rosa, C., Silva, P. R., Sausen, J. O. (2019). Mudança e adaptação estratégica no contexto do desenvolvimento das capacidades dinâmicas. In: IX Seminário Internacional sobre Desenvolvimento Regional, 2019, Santa Cruz do Sul. Anais. Santa Cruz do Sul: SIDR.
Sampaio, N. S. de P., Borges-Andrade, J. E., & Bonatti, C. L. (2018). Aprendizagem no Trabalho. Psicología desde el Caribe, 35(special issue), 1-21.
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. (2020). Boletins de Impacto e Tendências Setoriais. Disponível em: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/boletins-de-impacto-e-tendencias-setoriais,2e1cb5241c951710VgnVCM1000004c00210aRCRD. Acesso em: 31 mar. 2021.
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. (2020a). Boletim de Impacto e Tendências nº 17 (07/08/2020). 17 ed. São Paulo. 13p. Disponível em: https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/a246523555d874372d9cdb9b2c966a79/$File/19657.pdf. Acesso em: 31 mar. 2021.
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. (2020b). Boletim de Impacto e Tendências nº 18 (21/08/2020). 18 ed. São Paulo. 14p. Disponível em: https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/f57c178272830f1ee05285552d9dcd6f/$File/19729.pdf. Acesso em: 31 mar. 2021.
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. (2020c). Boletim de Impacto e Tendências nº 20 (18/09/2020). 20 ed. São Paulo. 13p. Disponível em: https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/18944dc5cbf51d5b3c2ef0790b4f9212/$File/30329.pdf. Acesso em: 31 mar. 2021.
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. (2020d). Boletim de Impacto e Tendências nº 21 (02/10/2020). 21 ed. São Paulo. 14p. Disponível em: https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/5e6b8d768ab7d062f5f9e26daf6ddcf7/$File/30525.pdf. Acesso em: 31 mar. 2021.
Silveira-Martins, E., Daneluz, M. O., Leite, F. K. (2017). O bebum que não bebe: um caso para ensino sobre orientação empreendedora. Perspectivas Contemporâneas, 12(2), 211-233.
Souza, C. R., Tanaka, J. O., Dias, M. F., & Silva, M. B. (2014). O processo e os estilos de aprendizagem de gestores de diferentes formações: administradores e não administradores. Revista de Gestão e Secretariado, 5(2), 72-96. https://doi.org/10.7769/gesec.v5i2.268
Vogus, T., Sutcliffe, K. (2007). Organizational resilience: towards a theory and research agenda. In: IEEE International Conference on Systems, Man, and Cybernetics, 2007, Montreal. Anais. Montreal: IEEE.
Wedawatta, G., Ingirige, B., & Amaratunga, D. (2010). Building up resilience of construction sector SMEs and their supply chains to extreme weather events. International Journal of Strategic Property Management, 14(4), 362-375. https://doi.org/10.3846/ijspm.2010.27
Yin, R. K. (2018). Case study research and applications: desing and methods. 6. ed. California: Sage.
