MANGUEBEAT E ARQUEOLOGIA: SERÁ QUE DÁ “SAMBA AQUI”? UM ENSAIO ETNOARQUEOLÓGICO POR ONTOLOGIAS RELACIONAIS

  • Rafael Borges Deminicis
  • Tiago Silva Alves Muniz
  • Carolina Alves D'Almeida
Palavras-chave: Sambaquis, Manguezal, Etnohistória, Etnobiologia, Etnoarqueologia

Resumo

O ritual tem sido um dos temas explorados pelos estudos de sambaquis dos últimos anos e as ideias advindas da arqueologia pós-processualista têm contribuído para dar destaque ao campo imaterial dos sambaquis. Neste trabalho, apresentaremos uma análise sobre o histórico das pesquisas sobre os sambaquis no Brasil e novas perspectivas interpretativas, embasadas nos campos do neomaterialismo, comensalidade e ontologias relacionais (animistas). Enfim, buscamos a compreensão dos sambaquis através de uma etnoarqueologia que incorpore prismas relacionais, e demais contribuições advindas da etnobiologia e etnohistória. As relações intersubjetivas entre caranguejo e humano no manguezal são as nossas chaves para isso. Propomos aqui uma percepção do ambiente que observe a paisagem em sambaquis a partir de uma perspectiva relacional, não-antropocêntrica, isto é, com multiplicidade de agentes, humanos e não-humanos. Nesse caminho, com o auxílio de ontologias indígenas e o acesso a fontes etno-históricas, buscamos compreender os modos de vida humanos, e os rituais de morte, desenvolvidos nos sambaquis, nas relações intersubjetivas entre os caranguejos e comensais com o manguezal.

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Publicado
2022-10-10
Seção
DOSSIÊ: O PAPEL DO ATLÂNTICO NO POVOAMENTO INDÍGENA DA AMÉRICA DO SUL