DÓNDE HUBO FUEGO MACRORESTOS QUEDAN: PALEOETNOBOTÁNICA DE UN CERRITO DE INDIOS DEL SITIO CH2D01

  • Diego Suárez Vespa
  • Laura del Puerto
  • Hugo Inda
Palavras-chave: Carpología, Antracología, Paleoetnobotánica, Cerritos de indios

Resumo

Os estudos paleoetnobotânicos, que têm uma longa história nas pesquisas sobre os cerritos no leste do Uruguai têm se concentrado principalmente na recuperação e identificação de microrrestos vegetais. Com o objetivo de aprofundar o conhecimento da inter-relação humano-vegetal entre os construtores de cerritos, foi implementada uma estratégia de recuperação de macrorrestos vegetais através da flotação assistida de sedimentos arqueológicos de um dos montículos do sítio CH2D01. Isso permitiu a recuperação de 1.308 carporestos e 840 carvões. Dentre os carporestos identificados, destacam-se os endocarpos carbonizados de Arecaceas (N=1193), correspondentes às espécies Butia odorata e Syagrus romanzoffiana. Também foram identificadas sementes pertencentes a quatro famílias botânicas: Asteraceae, Phytolaccaceae, Poaceae e Polygonaceae. Entre os antracorestos, novos registros são relatados para a arqueologia do Uruguai para os gêneros e espécies: Allophylus edulis, Baccharis sp, Berberis laurina, Blepharocalyx salicifolia e Lithraea brasiliensis. Os resultados obtidos mostram o potencial da flotação assistida para a recuperação de macrorrestos vegetais e o valor desta para a compreensão dos sistemas de subsistência pré-históricos.

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Publicado
2022-08-03
Seção
DOSSIÊ: O PAPEL DO ATLÂNTICO NO POVOAMENTO INDÍGENA DA AMÉRICA DO SUL