OLIVEIRA, JOÃO PACHECO DE; SANTOS, RITA DE CÁSSIA MELO (ORGS.). DE ACERVOS COLONIAIS AOS MUSEUS INDÍGENAS
FORMAS DE PROTAGONISMO E DE CONSTRUÇÃO DA ILUSÃO MUSEAL. JOÃO PESSOA: EDITORA UFPB, 2019.
Resumo
No fm do ano de 2018, o presidente da França, Emannuel Macron, recebeu um relatório encomendado pelo próprio governo francês, que defendia a devolução de diversas peças de arte obtidas de forma irregular ao continente africano (VICENTE, 2018). Na Bélgica, no mesmo período, o antigo Museu Real da África Central (também chamado de Tervuren), agora Africa Museum, reabria com uma nova confguração, sob uma justifcativa que rendeu comentários irônicos do apresentador sul-africano Trevor Noah: frente aos crescentes debates sobre a repatriação de peças de arte africana obtidas durante o colonialismo para o continente de origem, a administração do museu escolheu reformar o museu,
manter a exposição original e explicar aos visitantes o contexto histórico de obtenção da coleção - “So in Belgium, instead of given the art back, They gonna keep all of it, and then just tell all museum visitors that all of the art is stolen”1 disse o apresentador do programa de televisão estadunidense “The daily show with Trevor Noah” sobre a escolha do museu de Bruxelas.