MORCEGOS, HUMANOS E PANDEMIA

PERSPECTIVAS DE LONGA DURAÇÃO PARA O ENTENDIMENTO DAS RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADES E AMBIENTES

  • Caroline Borges
  • Gabriela prestes Carneiro
Palavras-chave: Pandemia, Zooarqueologia, COVID-19

Resumo

Recentes associações entre a emergência da pandemia mundial por conta do
novo coronavírus (2019-nCoV) e sua relação direta com o consumo de animais
silvestres nos motivaram a escrita deste trabalho. Este ensaio busca trazer uma
reflexão sobre a longa e intensa interação que humanos e outros animais mantêm
e como essa proximidade trouxe mudanças bioevolutivas para ambos, sobretudo
nos últimos 10 mil anos. Assim, procuramos discutir alguns exemplos da presença
de morcegos e do consumo de animais silvestres em sítios arqueológicos, buscando explicitar como as relações entre sociedades, animais e ambientes mudaram ao longo do tempo e como o avanço acelerado da antropização dos ecossistemas têm provocado impactos, levando a desequilíbrios que facilitam a transmissão de patógenos entre diferentes espécies. Desejamos igualmente demonstrar a importante contribuição dos estudos zooarqueológicos aos debates atuais sobre alternativas de construção de relações sociedades-natureza.

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Publicado
2022-02-25
Seção
A arqueologia em tempos de pandemia: inquietações coletivas