RESISTÊNCIAS CAMPONESAS EM TEMPOS DE PANDEMIA
Resumo
Este ensaio apresenta algumas reflexões sobre a situação pandêmica e as resistências camponesas para enfrentá-la. Inicialmente, abordamos questões sobre o Antropoceno/Capitaloceno/Plantationoceno e como esse modelo está estreitamente atrelado à colonialidade, constitutiva da modernidade eurocentrada. O sistema mundo colonial moderno estabeleceu processos de usurpação da terra e a transformação dela em mercadoria. Como contraposição a esse processo, aportamos neste texto as lutas pela terra, realizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e que, no contexto atual, foram reforçadas por ações de solidariedade, efetivadas pelas(os) seus integrantes junto a diferentes coletivos por intermédio da doação de alimentos e de outros produtos da terra. Consideramos que as ciências sociais e humanas têm um papel importante para a visibilidade dessas formas de resistência que coletivos do campo, das águas e das florestas, evocam.