ANTROPOÉTICAS
OUTRAS (ETNO)GRAFIAS
Resumo
Antropoéticas nasce de solo fértil, adubado pela matéria viva em fermentação, das linguagens expurgadas, dos saberes indóceis, motores de criatividade, vetores da novidade, esses assombros aos desejos de hegemonia de alguma ciência pretensamente lapidada nos cânones das mais régias disciplinas. Os trabalhos
apresentados neste dossiê estão situados nas fronteiras impuras e perigosas de
que fala Mary Douglas (1991), como todas as margens e criaturas ambíguas que
não cabem nas categorias bem defnidas exigidas por uma visão de campo científco em que o poder da formalística muitas vezes engessa a plasticidade dos materiais com os quais se estuda.