RELATOS SOBRE UMA ETNOGRAFIA DO TRABALHO NO POLO NAVAL DE RIO GRANDE

A POSSIBILIDADE DE UMA EXPERIÊNCIA ÉTICA E ESTÉTICA NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DOS OBJETOS DE PESQUISA

  • Pedro Marchioro Universidade Federal do Paraná
Palavras-chave: Etnografia, Trabalho, Migrações, Xenofobia, Polo Naval

Resumo

Este artigo tem como objetivo trazer um relato dos métodos, práticas e técnicas utilizadas durante as pesquisas em torno dos conflitos ocorridos na cidade de Rio Grande/RS entre 2013 e 2016, o qual envolvia trabalhadores locais e estrangeiros em razão da instalação do polo naval. Tomada como um conjunto de técnicas forjadas na interação com o universo da pesquisa, a etnografia se define a partir de sua aplicação em uma dada situação singular, nos desafios a que se propõe enfrentar e no modo como potencialmente os supera. Enquanto método de pesquisa e prática epistemológica, a etnografia mostra-se decisiva para abordar eixos temáticos como o trabalho, sobretudo no que diz respeito às distintas faces e dimensõesem que se manifesta na sociedade contemporânea e que escapam aos tradicionais instrumentos de análise. No mais, a etnografia oferece uma experiência enriquecedora ao pesquisador, abrindo-se para a improvisação de instrumentos através de seus níveis emocionais e sensíveis, portanto, exigindo a mobilização de componentes éticos e estéticos.

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Biografia do Autor

Pedro Marchioro, Universidade Federal do Paraná

Doutorando em Sociologia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). É membro do Núcleo de
Estudos do Polo Naval, do projeto de pesquisa Imigrantes Haitianos no Paraná: preconceito, integração
e capital mobilidade e do projeto A Reflexividade na Sociologia e nas ciências sociais contemporânea.
Atualmente suas investigações se debruçam sobre as imigrações haitianas no Brasil e no mundo. 

Publicado
2022-11-28
Seção
DOSSIÊ ETNOGRAFIAS SOCIOLÓGICAS DE UM MUNDO DO TRABALHO RECONFIGURADO