A CLASSE TRABALHADORA TEM COR

DEMOCRACIA RACIAL E DESENVOLVIMENTISMO EM VOLTA REDONDA (1946-1987).

  • Leonardo Ângelo Silva Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Palavras-chave: Trabalhadores, Volta Redonda, Discriminação, Desevolvimentismo

Resumo

A proposta deste trabalho é a análise da relação entre o discurso desenvolvimentista com o de democracia racial. Para tanto nosso recorte espacial é a região de Barra Mansa e Volta Redonda (região localizada no sulfluminense do Estado do Rio de Janeiro) e o recorte cronológico vai de 1946 (ano da primeira corrida do aço em Volta Redonda), a 1987 (ano de divulgação da primeira pesquisa sobre discriminação e racismo que teve Volta Redonda como uma das cidades base). Na construção de nossos argumentos nos pautamos na experiência dos trabalhadores da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) o que captamos através do cruzamento analítico de fotos originárias da própria empresa (mais de 900), entrevistas realizadas pelo autor e por outros grupos de pesquisadores, registros de atas da Câmaras Municipais e de periódico da própria CSN (O lingote). Destes cruzamentos podemos destacar a evidente contradição entre a estrutura de trabalho, claramente desigual, encontrada pelos trabalhadores negros e o forte discurso desenvolvimentista e trabalhista, no qual os trabalhadores não tinham cor ou eram de todas as cores.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Leonardo Ângelo Silva, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Mestre em História Social e Doutorando em História Social pela UFRRJ

Publicado
2022-11-28
Seção
DOSSIÊ A DINÂMICA DAS RELAÇÕES RACIAIS: DADOS, ABORDAGENS E INTERSECÇÕES