Projectare: Revista de Arquitetura e Urbanismo https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/projectare <p>PROJECTARE – Revista de Arquitetura e Urbanismo - é uma publicação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pelotas. Fundada em 1999, é mantida pelo Laboratório de Urbanismo da FAUrb e o Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo – Prograu/UFPel.</p> Universidade Federal de Pelotas pt-BR Projectare: Revista de Arquitetura e Urbanismo 1518-5125 EDITORIAL: O LUGAR DA TEORIA NAS PRAXIS ARQUITETÔNICA E URBANÍSTICA CONTEMPORÂNEAS https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/projectare/article/view/5411 <p>A chamada para a edição 13 da Revista Projectare teve como tema-base Essa chamada reconhecia a constituição de campo de atuação esse campo como&nbsp; aquele que, como enunciado comum, sustentava o projeto não só como dado estético, mas também ético-político. Por essa dimensão, entendia-se que&nbsp; propostas projetuais que daí emergiam tendiam a ser mais compromissados com os tecidos físico-sociais envolvidos e que, por isso, perseguiam mais&nbsp; processos do que produtos; contemplavam saberes e valores locais e punham em estado de crítica repertórios acadêmicos, científicos, eruditos (e midiáticos); bem como requereriam novos papéis de seus profissionais: de "intelecutais-criadores" a "mediadores-educadores" dispostos a colaborar em uma relação horizontal com outros sujeitos.</p> Ana Elísia da Costa Célia Gonsales Copyright (c) 2023 Projectare: Revista de Arquitetura e Urbanismo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-02-08 2023-02-08 1 13 1 9 ENTRE TEORIAS PARA AS CIÊNCIAS DA CONSTRUÇÃO: EFEITOS DAS FRATURAS EPISTÊMICAS ESTABELECIDAS HISTORICAMENTE NA TEORIA DA ARQUITETURA PARA A PRÁTICA CONTEMPORÂNEA https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/projectare/article/view/5397 <p>Este artigo analisa a evolução histórica da teorização da arquitetura, abordando aspectos determinantes para as presentes crises do campo intelectual e da praxis, as quais se encontram intrinsecamente relacionadas. O objetivo é desenvolver, sob uma perspectiva epistemológica, uma análise crítica da estruturação da arquitetura enquanto campo de conhecimento, destacando a incidência de fraturas epistêmicas estabelecidas em seu processo de disciplinarização. Por meio de uma revisão bibliográfica e da reconstrução lógico-interpretativa, são levantados condicionantes econômico-sociais, bem como pressupostos filosóficos que interferiram nesse processo. Sugere-se que essas fraturas promoveram um descolamento da teoria arquitetônica dos aspectos relativos à produção material, conduzindo a profissão a uma condição de crise teórica e posição de marginalidade no contexto geral de produção do ambiente construído. Conclui-se que, após dois séculos de crise, é chegado o momento de repensar a teoria em sua relação com a prática e, portanto, suas relações com a produção material e com a tecnologia.</p> Carolina Rosa Copyright (c) 2023 Projectare: Revista de Arquitetura e Urbanismo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-02-08 2023-02-08 1 13 10 26 10.15210/projectare.v1i13.5397 LINGUAGENS DA ARQUITETURA - SEMÂNTICA, SINTÁTICA E PRÁXIS https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/projectare/article/view/5400 <p>O artigo trata da linguagem em arquitetura enquanto práxis. A partir da interpretação de práxis na condição de instrumento metodológico, diferente da prática ou da aplicação da teoria, ela própria criadora de teorias, coloca-se o debate da produção de linguagens na arquitetura moderna e pós-moderna. A primeira limitou a linguagem à pragmática, a segunda à forma. O objetivo é contemplar outros agenciamentos na arquitetura atual em perspectiva de desvios dos enunciados do neoliberalismo. O entendimento de desvio é construído observando-se a práxis das subculturas a partir dos anos 1970. Sobre ele, procura-se posicionar a produção de linguagens da arquitetura e urbanismo na contemporaneidade com perspectivas desviantes. A ancoragem metodológica para proceder estes atravessamentos, subcultura / arquitetura e desvio / discurso hegemônico, é o conceito marxiano de práxis.</p> Jorge Bassani Copyright (c) 2023 Projectare: Revista de Arquitetura e Urbanismo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-02-08 2023-02-08 1 13 27 43 10.15210/projectare.v1i13.5400 MONTAGENS, SINTOMAS E IMAGENS: ALTERNATIVAS PARA UMA PRÁXIS URBANA EMERGENTE NA CONTEMPORANEIDADE https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/projectare/article/view/5402 <p>O artigo problematiza a abordagem sintética das imagens no âmbito do campo disciplinar do Urbanismo, especificamente a partir do pensamento de Kevin Lynch. Compreende-se a noção de imaginabilidade da cidade conforme proposta pelo autor na esteira de uma disposição cartesiana e funcionalista das imagens urbanas. Essa disposição da imagem opera por sínteses, ou seja, visando o apaziguamento ao invés do conflito. Como contraponto, este trabalho explora a montagem de imagens como possibilidade de “rasgar” a imaginabilidade urbana. Dessa forma, busca aproximá-la do sentido de uma práxis emergente, porque ocupa-se de complexificar os pressupostos essenciais e universais da teoria urbana, criticando sua racionalidade intrínseca e fazendo “emergir” seus próprios sintomas, numa via estética e política. A montagem é um procedimento tomado da filosofia e das vanguardas artísticas, que consiste simultaneamente em um modo de pensamento e uma forma de expressão. A noção de rasgadura consiste na abertura de sentidos que o conflito permite, expondo os sintomas. É uma operação que resulta sempre em imagens plurais e heterogêneas, explorando não só dimensões estéticas, mas também políticas. As noções de imagem, montagem, rasgadura e sintoma são compreendidas a partir de Georges Didi-Huberman e Walter Benjamin, e a discussão sobre estética e política a partir de Jacques Rancière. Ao criticar o sintetismo das imagens urbanas, operando em montagem, o trabalho experimenta possibilidades alternativas para uma práxis emergente na contemporaneidade.</p> Lucas Boeira Bittencourt Paulo Reyes Copyright (c) 2023 Projectare: Revista de Arquitetura e Urbanismo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-02-08 2023-02-08 1 13 44 60 10.15210/projectare.v1i13.5402 ELA FALA, EU ESCUTO: PREFIGURAÇÕES URBANAS DO DEVIR-MULHER https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/projectare/article/view/5403 <p>O texto investiga a narrativa como perspectiva teórico-metodológica para os estudos urbanos, abordando o relato de quatro narradoras de territórios periféricos de Porto Alegre sobre suas experiências cotidianas na luta pelo comum. A ruptura do regime de autorização discursiva da cidade universalizada e heteropatriarcal é operada através da visibilização de prefigurações narrativas em um processo de escuta, em que se revelam aspectos do trabalho produtivo/reprodutivo, dos processos de espoliação da mulher, da experiência do devir-mulher e da mobilização de um corpo-território que configura a margem como espaço de abertura radical. A partir do reconhecimento de outros dizeres-cidade refletimos sobre condições de possibilidade para uma configuração urbana aberta, flexível e consonante com a lógica do comum como composição de forças, corpos, trajetórias e memórias em permanente disputa.</p> Daniele Caron Bruna Bergamaschi Tavares Bárbara Rodrigues Marinho Copyright (c) 2023 Projectare: Revista de Arquitetura e Urbanismo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-02-08 2023-02-08 1 13 61 76 10.15210/projectare.v1i13.5403 A BRANQUIDADE DAS INTERVENÇÕES URBANAS E A VIDA NAS MARGENS: SALVADOR, ESSA BOLSA DE HISTÓRIAS https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/projectare/article/view/5404 <p>Esta composição se faz como uma bolsa, guardando histórias de “reexistências” evocadas desde e com moradoras/es das margens de Salvador, BA, sobretudo no encontro entre Itapuã e o Subúrbio Ferroviário. Buscamos – desde e com os encontros de pesquisa realizados nestas localidades –, possibilidades de incorporar, ao campo da arquitetura e urbanismo, imaginários, contornos, materialidades, potências e coexistências da vida nas margens, evocando outras tramas possíveis - e desembranquecidas - para pensar e atuar com a cidade. As histórias com as quais nos encontramos interconectam raça, gênero e classe e tensionam pressupostos e teorias colonialistas e racistas que fundamentam tanto intervenções urbanas quanto a práxis do campo da Arquitetura e Urbanismo. A partir, apesar e para além da branquidade das ações institucionalmente orquestradas nestes territórios, investigamos como as pessoas criam e recriam histórica e cotidianamente suas vidas e modos de viver por meio da implicação ético-politica junto e com as/os moradoras/es das margens, documentando, visibilizando, disputando, reconstruindo e fazendo pensar sobre as múltiplas formas de fazer-cidade e moradia.</p> Juliana de Faria Linhares Marina Silveira Muniz Ferreira Copyright (c) 2023 Projectare: Revista de Arquitetura e Urbanismo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-02-08 2023-02-08 1 13 77 93 10.15210/projectare.v1i13.5404 O(S) PROJETO(S) HEGEMÔNICO(S), O CONFLITO E A CENA POLÍTICA NO CAIS DO PORTO DE PORTO ALEGRE: PARA PENSAR UMA OUTRA PRÁXIS https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/projectare/article/view/5405 <p>O Cais do Porto de Porto Alegre tem sido alvo de propostas e de especulação. O momento recente tem sido de proposição de grandes transformações do lugar, como requer o ciclo capitalista e o planejamento neoliberal. Contudo, entende-se que o projeto imposto, que chega pronto para apreciação popular, não dá conta da complexidade do território. Embora a forma de atuação hegemônica busque sufocar a política, emergem reações locais contrárias, como vê-se na cena-assembleia, em 2015, onde manifestantes expuseram o seu descontentamento com o projeto, revelando caráter político do acontecimento. O presente texto propõe problematizar os recentes projetos para o Cais do Porto de Porto Alegre, pois entende-se que o local está envolto em um ciclo repetitivo de propostas de caráter similar, que expressam um modo de pensar hegemônico, uniformizante, de reprodução de (pedaços de) cidades. Após a contextualização do problema, sugere-se que se pense uma práxis atravessada pela explicitação do conflito e pela suspensão do projeto, desviando de soluções pré-concebidas. Para tanto, é importante que se reconheça os agentes em disputa, as particularidades e as partes que cabem a cada um dentro de uma esfera comum. Este artigo organiza-se conforme a seguinte linha de raciocínio: breve reconstrução histórica do Cais e dos seus projetos; reconhecimento do conflito gerado pelo projeto sem diálogo; proposição de um atravessamento teórico pelos conceitos cena, dano, política e polícia; e sugestão de abordagem para uma práxis contra hegemônica.</p> Eduardo Paiva Ribeiro Paulo Edison Belo Reyes Copyright (c) 2023 Projectare: Revista de Arquitetura e Urbanismo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-02-08 2023-02-08 1 13 94 105 10.15210/projectare.v1i13.5405 PRÁXIS EXTENSIONISTA TRANSFORMADORA: PANORAMA DA ASSESSORIA SOCIOTÉCNICA DO GRUPO PERIFÉRICO NA LUTA PELO DIREITO À CIDADE https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/projectare/article/view/5407 <p>Este artigo tem como objetivo apresentar um panorama geral dos projetos de assessoria sociotécnica da resistência em Arquitetura e Urbanismo desenvolvidos pelo grupo de pesquisa e extensão “Periférico, Trabalhos Emergentes” da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília. Esse grupo entrelaça tecnociência solidária, baseada no interacionismo pedagógico e sociotécnico, com o Direito Achado na Rua. As práticas apresentadas abordam temas da Arquitetura e do Urbanismo tão variados quanto as configurações socioespaciais encontradas no território do Distrito Federal (DF) e entorno: territórios informais, regularizados ou regulares, na área urbana ou rural. O Grupo Periférico tem contribuído para solucionar problemas sociais, mediar conflitos socioambientais, na construção da autonomia, conscientização, conciliação de saberes, emancipação, mobilização e empoderamento dos sujeitos coletivos de Direito do DF e entorno, bem como para a produção de conhecimento, incluindo saberes populares em práticas emergentes.</p> Gabriel Ribeiro Couto Liza Maria Souza de Andrade Juliette Anna Fanny Lenoir Copyright (c) 2023 Projectare: Revista de Arquitetura e Urbanismo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-02-08 2023-02-08 1 13 106 123 10.15210/projectare.v1i13.5407 ENSAIO A PARTIR DE UMA BANCA: PLANO POPULAR DO CORREDOR DAS TROPAS (PELOTAS-RS) https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/projectare/article/view/5408 <p>Em abril de 2022 participei, na condição de avaliador externo, da banca do Plano Popular do Corredor das Tropas, um contraprojeto para o Passo dos Negros, Pelotas/RS. Sua apresentação representou a conclusão do trabalho da Nucleação Pelotas/UFPel do Curso de Especialização em Assistência Técnica, Habitação e Direito à Cidade da UFBA. O presente ensaio não descreve o trabalho dos arquitetos e urbanistas residentes em seus pormenores, já que o autor deste ensaio não é autor ou orientador do Plano Popular, mas reflete a partir das provocações suscitadas por essa experiência. E, para tal, explora três debates: sobre o arquiteto útil, sobre o papel do projeto e sobre o ensino do profissional reflexivo.</p> Bruno Cesar Euphrasio de Mello Copyright (c) 2023 Projectare: Revista de Arquitetura e Urbanismo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-02-08 2023-02-08 1 13 124 136 10.15210/projectare.v1i13.5408 URBANOS FURORES: A FEBRE DA PRÁXIS https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/projectare/article/view/5424 <p>O diagnóstico Lefebvriano de que o principal problema do urbano seria a desintensificação da vida nas cidades e a sua provocação de que o direito à cidade consiste no direito de inventá-la, alimentou o espaço de uma pesquisa de doutorado e impulsionou a aposta na experimentação de uma práxis de apropriação ativa e inventiva do espaço urbano como uma possível ferramenta de intensificação. Este artigo tem como objetivo apresentar a prática singular do jogo Arcanos Urbanos e, levando em conta as potencialidades inventivas do lúdico defendidas na teoria de Johan Huizinga (1971) bem como sua influência nas práticas urbanas da Internacional Situacionista, colocamos a prática deste jogo inventado como herdeiro dos furores urbanos seissentistas. O Arcanos Urbanos realiza-se enquanto um jogo coletivo que dispara uma série de experiências urbanas direcionadas aos espaços públicos da cidade, tomando seus conteúdos como matéria de expressão e engajando os jogadores em um fazer: fabricar com a cidade, numa relação de porosidade com o lugar, um espaço expressivo para ensaiar modos lúdicos e singulares de habitar a cidade.</p> Ana Paula Vieceli Copyright (c) 2023 Projectare: Revista de Arquitetura e Urbanismo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-02-08 2023-02-08 1 13 136 150 10.15210/projectare.v1i13.5424 TEORIA CRÍTICA, INTERFACES E ATUAÇÃO FEMININA NA AUTOPRODUÇÃO HABITACIONAL: OUTRA POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO ARQUITETÔNICA https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/projectare/article/view/5425 <p>O presente artigo pretende realizar uma reflexão sobre a potencialidade da associação de premissas da teoria crítica da arquitetura e da teoria feminista com o uso de interfaces de projeto - que podem ser instrumentos, objetos, eventos cuja utilização rompa com a ideia de um produto final e prescritivo e aponte para um processo aberto, que depende da interação do usuário - para o desenvolvimento de uma outra prática arquitetônica. Busca-se discutir a relação entre a prática arquitetônica convencional e a perpetuação de relações de poder que influenciam diretamente na experiência de mulheres inseridas na autoprodução habitacional, para então analisar criticamente duas interfaces, o Jogo da Maquete e o Kit Mobiliário. O artigo fundamenta-se na análise das possibilidades de que tais interfaces possam favorecer resistências aos múltiplos sistemas de dominação e opressão, para então discutir sobre como sua associação com o exercício teórico crítico pode criar possibilidades de processos que visem ganhos de autonomia, sobretudo no sentido de mitigar ou, idealmente, subverter o condicionamento feminino do papel de espectadoras do espaço para o papel de transformadoras ativas.</p> Carolina de Sousa Cardoso Copyright (c) 2023 Projectare: Revista de Arquitetura e Urbanismo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-02-08 2023-02-08 1 13 151 167 10.15210/projectare.v1i13.5425 ENTRE PAISAGENS: ÀS FRESTAS DA CIDADE CONTEMPORÂNEA https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/projectare/article/view/5426 <p>O artigo faz parte de uma pesquisa de mestrado que versa sobre o estudo da paisagem urbana contemporânea. O conceito da Terceira Paisagem desenvolvido por Gilles Clément oportuniza e potencializa a discussão sobre territórios abandonados na cidade contemporânea, especificamente, ao pensar, a partir da ação biológica, suportes para ações e pensamentos no presente. Por meio de revisão de literatura, o artigo busca levantar argumentos teóricos que auxiliem na construção de uma outra cultura da paisagem urbana, destacando os sentidos e potencialidades da implementação do Estudo de Gestão Estratégica de Terrenos Abandonados de Montpellier - França. Ao fim, pistas para a apreensão e leitura da paisagem urbana buscam contribuir para o enfrentamento dos desafios urbanos contemporâneos.</p> Isabella Khauam Maricatto Eduardo Rocha Copyright (c) 2023 Projectare: Revista de Arquitetura e Urbanismo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-02-08 2023-02-08 1 13 168 179 10.15210/projectare.v1i13.5426 O RESTAURO DO MODERNO: APLICABILIDADE DA TEORIA DE CESARE BRANDI NA RESTAURAÇÃO DO PATRIMÔNIO DO SÉCULO XX https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/projectare/article/view/5427 <p>O presente artigo é resultado da dissertação de Mestrado que aborda a Teoria da Restauração de Cesare Brandi (1963) e sua aplicação no restauro de obras da Arquitetura Moderna. O objetivo é apresentar o conteúdo da pesquisa referente à comparação do padrão teórico de Brandi com um objeto de estudo de caso, através da formulação de um instrumento de análise de intervenções de restauro. Além disso, a pesquisa aventa identificar possíveis dificuldades que a Arquitetura Moderna apresentaria à aplicação da teoria brandiana no restauro destas edificações. A aplicabilidade dos princípios é testada através da análise do estudo de caso, o Palácio da Justiça de Porto Alegre, projeto de Luis Fernando Corona e Carlos Maximiliano Fayet, de 1952. A edificação foi construída entre 1953 e 1968 e é considerada uma das mais importantes obras da Arquitetura Moderna Brasileira realizadas no estado, com forte influência da escola moderna carioca. A restauração do edifício aconteceu cinquenta anos após a concepção do projeto e contou com a participação do coautor remanescente, Carlos Maximiliano Fayet que, além de recuperar o prédio, o completou de acordo com projeto original. A pesquisa reafirma a validade da teoria de Cesare Brandi no campo do patrimônio e contribui para o debate sobre a restauração da Arquitetura Moderna, através da reflexão sobre a adequação dos princípios teóricos de restauro na tarefa de intervir neste patrimônio.</p> Magda Rosí Brodbeck Fabio Bortoli Marlon Uliana Calza Copyright (c) 2023 Projectare: Revista de Arquitetura e Urbanismo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-02-08 2023-02-08 1 13 180 200 10.15210/projectare.v1i13.5427 ADAPTAÇÃO DE METODOLOGIA PARA ANÁLISE DE PLANOS URBANOS SOB A ÓTICA DO CONCEITO CIDADE DE 15 MINUTOS https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/projectare/article/view/5428 <p>O conceito Cidade de 15 Minutos sustenta a ideia de colocar ao alcance das pessoas o acesso às atividades cotidianas a uma distância máxima de suas residências de até 15 minutos de caminhada, ciclismo ou outro modo ativo de deslocamento. Princípios como este, que colocam os pedestres no centro do planejamento, já são considerados há algum tempo em determinadas cidades ao redor do mundo. Diante disso, o presente artigo tem como objetivo traduzir e adaptar uma nova ferramenta para análise de planos urbanos, como Plano Diretor e Plano de Mobilidade Urbana, a partir do conceito Cidade de 15 Minutos. A tradução e adaptação da ferramenta escolhida foi feita com base na metodologia de Georgia Pozoukidou e Zoi Chatziyiannaki e em autores que embasam o campo de estudo de caminhabilidade, assim como no Plano de Portland, cidade que apresenta um histórico de planejamento visto como referência para a mobilidade ativa. Como resultado, propusemos um quadro que lista cada atributo a ser avaliado, com explicações e exemplos. A ferramenta possui estruturação e escala que facilitam a avaliação qualitativa a partir de uma categorização objetiva, mostrando-se um método facilmente adaptável.</p> Daniela Pereira Almeida Cléo Nicolau Adário Lima Nascimento Ítalo Itamar Caixeiro Stephan Maria Isabel de Jesus Chrysostomo Copyright (c) 2023 Projectare: Revista de Arquitetura e Urbanismo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2023-02-08 2023-02-08 1 13 201 217 10.15210/projectare.v1i13.5428