A POTÊNCIA POLÍTICA DO CAMINHAR

A ocupação do território Guarani Mbya pelo movimento circular

  • Celma Paese
  • Gianluca Mascali Perseu
Palavras-chave: caminhar, estética e política, antropoceno, colonialidade, Guarani Mbya

Resumo

Propomos contribuir para um conhecimento teórico, político, transdisciplinar, crítico e sensível acerca do caminhar como dispositivo de ocupação e de agenciamento de paisagens e territórios no século XXI. Para isso, buscamos ensaiar a desnaturalização de ordens e regimes hegemônicos de visibilidade e autorização discursiva, por meio da disposição e busca de entendimento da experiência nômade do povo Guarani Mbya e sua influência na configuração da paisagem contemporânea do sul do Brasil. O texto inicia relacionando o caminhar com ato estético de agenciamento de políticas de apropriação espacial e produção de paisagens, apontando as diferentes formas de caminhar dos nômades e sedentários, seus modos de produção de espaço e como andar pode se tornar um ato incendiário. Segue com um estudo sobre a mobilidade dos Guarani Mbya, como sua subjetividade influencia no seu movimento e ressignificação espacial de seu mundo em ruínas. Concluímos apontando o caminhar como agente da dignidade humana, que traz consigo ventos de esperança, que buscam algum caminho para a equanimidade nas paisagens desse sul do mundo.

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Publicado
2024-02-27
Seção
Artigos e Ensaios