REFLETINDO SOBRE AS CIDADES BRASILEIRAS COMO CONSTRUCTOS MASCULINOS
Uma discussão sobre gênero e cidades
Resumo
Este artigo traz reflexões sobre as cidades brasileiras a partir de uma visão de gênero e demonstra que os espaços públicos se materializam como arquiteturas do abandono por não acolher o público feminino, as crianças; enfim, todos que não sejam homens heterossexuais. Nossa pesquisa para este texto foi qualitativa e de cunho bibliográfico. Autores importantes para este escrito são: Barbosa (1995), Butler (2020), Santos (1996), Harvey (2000), Gehl (2015), Freitag (2006), Maricato (2013), Kern (2021), entre outros. Como resultado, compreendemos as cidades brasileiras como constructos eminentemente masculino, pois aqueles que projetam as cidades são, historicamente e em sua grande maioria, homens. Tal planejamento deixa de lado necessidades básicas femininas, como banheiros públicos, trocadores para bebês, calçadas acessíveis, entre outras condições urbanas e espaços majoritariamente de uso feminino. Vemos a necessidade de adequação dos espaços públicos para o acolhimento das pessoas e a diminuição das desigualdades de acesso a estes espaços.