EDUCAÇÃO E(M) URBANISMO SOB A LÓGICA DO CAPITAL

Resumo

O artigo propõe conexões teóricas entre os campos da educação e do espaço, com o intuito de produzir questionamentos a respeito do saber hegemônico que é (re) produzido nas escolas de arquitetura e urbanismo. Os desafios inerentes à luta pelo direito a  cidade e pela educação pública, gratuita e universal são apresentados a partir de um cruzamento de referenciais teóricos destes campos, proporcionando fricções e encontros entre as reivindicações das reformas urbana e universitária. Sua interseção surge a partir da acentuação de desigualdades e dos retrocessos de direitos sociais conquistados, inclusive o desmonte das universidades públicas e de seu espaço. Julgamos que a distribuição de educação e de cidade devem ser consideradas demandas sociais plenas, e que as competências que conduzam à ruptura do modelo hegemônico de ensino são delineadas a partir de uma visão plural do saber periférico, capaz de elaborar espaços onde a democracia não seja reduzida ao consumo.