PICHO COMO FERRAMENTA DE PROFANAÇÃO DAS PRÁTICAS DE NORMALIZAÇÃO DA CIDADE
Resumo
Este artigo tem por objetivo discutir a prática da pichação como uma estratégia de profanação dos dispositivos de normalização do espaço público e urbano. Para tanto, partimos dos conceitos de governamentalidade de Michel Foucault e do diálogo entre as noções de resistência desse mesmo autor e a noção de profanação em Giorgio Agamben para pensarmos a pichação não como ação antagônica aos modos instituídos de viver nas cidades, mas no seu potencial irruptivo, na medida em que a sua prática negligencia os códigos de conduta estabelecidos, brincando com as normativas urbanas.