https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/letras/issue/feedCaderno de Letras2023-04-01T02:54:18-03:00Open Journal Systems<p>Caderno de Letras é uma publicação científica quadrimestral do Centro de Letras e Comunicação e do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal de Pelotas. Desde 1982, contribui para a publicação de textos acadêmicos de pesquisadores nacionais e estrangeiros que colaboram com a reflexão teórica em literatura, linguística, tradução, outros espaços da linguagem e ensino em Letras. O fluxo de edição se dá por chamadas para dossiê temático, abertas três vezes ao ano, e também por fluxo contínuo. </p>https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/letras/article/view/5937DISCURSOS QUE INTERROGAM: EFEITOS DE APROXIMAÇÃO ENTRE LINGUÍSTICA E POÉTICA2023-04-01T02:53:39-03:00Daiane Neumannbejotaka@gmail.comLuiza Milanobejotaka@gmail.comApresentação ao Dossiê2022-12-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 Daiane Neumannhttps://revistas.ufpel.edu.br/index.php/letras/article/view/5938DE SAUSSURE A BENVENISTE: VALOR DA LÍNGUA, DOS ANAGRAMAS E DO DISCURSO2023-04-01T02:53:40-03:00Camila Pilotto Figueiredofigueiredo.camilapilotto@gmail.comO presente artigo tem como objetivo explicitar como o princípio do valor, em conjunto com o princípio da linearidade, se apresenta no <em>corpus</em> relativo aos estudos de linguística geral e na pesquisa de Saussure acerca dos anagramas. A partir daí, serão explicitados os desdobramentos desses princípios nos estudos benvenistianos acerca da arte e da literatura. Será evidenciado que o valor também está presente na esfera discursiva, contendo aspectos que o aproximam da noção de valor desenvolvida por Saussure nos anagramas. Tal relação permite o desenvolvimento de princípios próprios ao plano discursivo.2022-12-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 Camila Pilotto Figueiredohttps://revistas.ufpel.edu.br/index.php/letras/article/view/5939LES MOTS SOUS LES MOTS E A POTENCIALIDADE CRIATIVA NO HORIZONTE DA LINGUAGEM2023-04-01T02:53:42-03:00Mélany Dias da Silveiramelany.dias@yahoo.com.brO texto deste trabalho é fruto de muitas inquietações e diálogos entre fronteiras. Na primeira parte do presente texto, sinalizo a diversidade dos interesses aos quais Saussure se dedicou em sua trajetória acadêmica. Dentre as diversas ocupações do linguista, estiveram suas investigações sobre o processo anagramático nos poemas da antiguidade clássica – estudo que ocupou mais de uma centena de cadernos manuscritos, dos quais uma parte foi publicada por Starobinski (1974) em <em>As palavras sob as palavras</em>. É com base na publicação de Starobinski que apresento a pesquisa de Saussure sobre os anagramas a partir de duas principais interrogações: “que leis regem tais operações?”; “os mecanismos são puramente fortuitos? Ou aplicados e desejados de maneira consciente?”. Na segunda parte, invisto em uma aproximação entre a análise de Saussure sobre o poema <em>De rerum natura</em> e os conceitos de linearidade, relações sintagmáticas e associativas, arbitrário do signo linguístico e valor. Por fim, proponho uma aproximação entre as descobertas de Saussure e as reflexões de Roman Jakobson, o poeta da linguística.2022-12-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 Mélany Dias da Silveirahttps://revistas.ufpel.edu.br/index.php/letras/article/view/5940A TRADUÇÃO ORIENTADA PELO FÔNICO: UM OLHAR SAUSSURIANO PARA DUAS TRADUÇÕES DE LARANJA MECÂNICA2023-04-01T02:53:45-03:00Bianca Czarnobai De Jorgecdj.bianca@gmail.com<p>A tradução como objeto de estudo é bastante interessante para pensarmos sobre os usos da linguagem, o que pode implicar diversas áreas de conhecimento, incluindo os Estudos da Linguagem, a Linguística e os Estudos Literário. Em textos cuja orientação é de ordem fônica, como poemas, uma reflexão sobre língua e linguagem se faz fundamental enquanto lugares de produção de sentido. Esse também é o caso de <em>Laranja Mecânica</em>, de Anthony Burgess. Tendo em vista que o legado saussuriano apresenta profunda análise acerca de língua, linguagem e do valor que estas permitem instaurar, viabilizando uma vasta possibilidade de temas de estudo, a tradução também se vê facilmente amparada pela reflexão proposta na obra saussuriana. Assim, propomos a análise de traduções da referida obra segundo conceitos saussurianos como: língua, sistema, signo e valor. Esses conceitos se mostram fundamentais ao estudo da tradução, especialmente quando articulados e deslocados para as diferentes possibilidades de produção de sentido.</p>2022-12-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 Bianca Czarnobai De Jorgehttps://revistas.ufpel.edu.br/index.php/letras/article/view/5941OS PRINCÍPIOS FUNDADORES DO PENSAMENTO BENVENISTIANO E A ABERTURA PARA ANÁLISE NA LITERATURA2023-04-01T02:53:50-03:00André Rodrigues Da Silvaandresilva537@gmail.comDaiane Neumanndaiane_neumann@hotmail.comO objetivo deste artigo é buscar os princípios fundadores da teorização benvenistiana, especificamente a partir do estudo dos pronomes e da subjetividade, a fim de atentar para o fato de que a construção desses princípios teóricos potencializa a interface entre língua e literatura, para uma abertura de análise em obras literárias. Será feita, com isso, uma discussão acerca da língua e linguagem, através da consideração sobretudo dos textos que compõem a quinta parte dos <em>Problemas de Linguística Geral I</em> intitulado “O homem na língua”. Ademais, é de nosso interesse refletir acerca de como essa reflexão teórica advinda do pensamento benvenistiano foi explorada por diferentes pesquisas que buscam a interface aqui propulsionada, no contexto francês e no brasileiro.2022-12-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 André Rodrigues Da Silva, Daiane Neumannhttps://revistas.ufpel.edu.br/index.php/letras/article/view/5942DA RECRIAÇÃO DA SEMIOLOGIA: APONTAMENTOS SOBRE A ATIVIDADE DA LINGUAGEM POÉTICA2023-04-01T02:53:56-03:00Aroldo Garcia dos Anjosaroldodosanjos@gmail.com<p>É objetivo deste trabalho ensaiar uma discussão teórica introdutória à noção de <em>atividade</em> sob a perspectiva da poética do ritmo. Para tanto, discutem-se a concepção de antropologia histórica da linguagem e de semiologia. Busca-se, com isso, subsídios para a análise de textos literários sob um ponto de vista discursivo, sobretudo a partir de reflexões derivadas de Henri Meschonnic, Gérard Dessons, Chloé Laplantine e Hans Lösener. Por representarem uma base de discussão em comum entre os autores citados, revisitam-se considerações de Émile Benveniste, Ferdinand de Saussure e Wilhelm von Humboldt.</p>2022-12-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 Aroldo Garcia dos Anjoshttps://revistas.ufpel.edu.br/index.php/letras/article/view/5943OS EFEITOS DA INTERSUBJETIVIDADE E DA ALTERIDADE PARA O PROCESSO DE SUBJETIVAÇÃO EM THE WITCHER 3: WILD HUNT2023-04-01T02:54:00-03:00Carolina Alves Perescarolinaaperes@gmail.com<span id="docs-internal-guid-f86c1f06-7fff-488b-3c76-1563a2e6e0f6"><span>O presente artigo busca refletir acerca da possibilidade de um espaço maior para a subjetivação nas narrativas interativas de jogos digitais. Para isso, utiliza-se a abordagem enunciativa de Émile Benveniste, a fim de explorar a constituição do sujeito e de sua individualidade através das relações intersubjetivas/alteritárias, relacionando com as reflexões de Dessons em </span><span>Émile Benveniste, l’invention du discours</span><span> (2006). Propõe-se uma análise da experiência subjetiva do personagem Geralt de Rívia em </span><span>The Witcher 3: Wild Hunt </span><span>a partir do estudo do dispositivo trinitário da língua (</span><span>eu, tu e ele</span><span>) com aporte de Dufour em </span><span>Os mistérios da trindade</span><span> (2000), identificando como acontece a interação do jogador com o linguístico e o modo como ele se apropria da linguagem para experienciar a narrativa e construir sua historicidade colocando-se como “eu” no discurso. Observa-se que o processo de subjetivação se apresenta como uma temática interessante a ser analisada, sobretudo a partir da experiência narrativa de um jogo digital. Por consequência, esta pesquisa expôs duas perspectivas distintas, uma pela ótica do design e outra pelo viés da linguística, para, desse diálogo, considerar a discussão que daí desponta em torno do espaço enunciativo do jogador dentro dos jogos digitais.</span></span>2022-12-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 Carolina Alves Pereshttps://revistas.ufpel.edu.br/index.php/letras/article/view/5944VOCALIZAÇÃO DO TEXTO POÉTICO: UMA EXPERIÊNCIA NA LINGUAGEM2023-04-01T02:54:04-03:00Marlete Sandra Diedrichmarlete@upf.brLaércio Fernandes dos Santoslaerciof.santos74@gmail.comEste artigo tem como tema a vocalização do texto poético escrito concebida como uma experiência na linguagem, na particularidade do Projeto Invasão Cultural, uma proposta constituída por perfórmances poéticas vocalizadas em espaços escolares. A investigação busca refletir, a partir da análise de dizeres de dois participantes protagonistas da experiência, sobre os arranjos enunciativos decorrentes da vocalização, uma vez que, via mobilização da voz, novas significações se presentificam na particularidade do discurso poético. O trabalho se pauta na abordagem enunciativa benvenistiana e a concepção poética assumida se volta para os arranjos singulares e inusitados da língua-discurso. Os resultados mostram que a experiência de vocalização do texto poético evoca sentidos particulares vivenciados na historicidade do sujeito na linguagem e exerce importante papel na sua constituição.2022-12-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 Marlete Sandra Diedrich, Laércio Fernandes dos Santoshttps://revistas.ufpel.edu.br/index.php/letras/article/view/5945A VOZ DO LEITOR: ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE O QUE SE ESCUTA QUANDO SE LÊ EM VOZ ALTA2023-04-01T02:54:08-03:00Luiza Milanoluizamilanos@gmail.comGibran Ayubgibran.a.ayub@gmail.comO presente artigo aborda o lugar que ocupa a voz na atividade de leitura em voz alta compartilhada. Para tanto, parte de interrogações em torno de conceitos complexos como o de voz e de leitura, para, a seguir, apontar questões relevantes acerca da implicação desses conceitos para a atividade de leitura em voz alta compartilhada. A principal conclusão a que se chega é de que tal atividade pode propiciar aos leitores um novo modo de perceber a literatura, bem como a própria posição enquanto leitor, em parceria com os demais leitores.2022-12-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 Luiza Milano, Gibran Ayubhttps://revistas.ufpel.edu.br/index.php/letras/article/view/5946O GRANDE-SERTÃO SOB OS EFEITOS DO OUVIDO2023-04-01T02:54:12-03:00Augusto Stevanin4ugusto369@gmail.comAline Vargas Stawinskialine.stawinski@gmail.com<span id="E254">Neste ensaio a proposta é escutar o sertão </span><span id="E256">roseano</span><span id="E258"> sob influência do aspecto fônico da língua</span><span id="E259">, convocando</span><span id="E260"> os ouvidos dos leitores-escutadores a partir da matéria escrita que, nem por isso, deixa de </span><span id="E261">provocar efeitos </span><span id="E262">aurais</span><span id="E263">. Veremos como a noção </span><span id="E264">de escuta é compreendida e relacionada ao escritor Guimarães Rosa</span><span id="E265">, assim como algumas manifestações de tal concepção em seu texto-diálogo pelo viés do aspecto fônico da língua</span><span id="E266"> (desde a linguística)</span><span id="E267"> e das “escritas de ouvido”</span><span id="E268"> (desde a literatura)</span><span id="E269">. </span><span id="E270">A reflexão aqui empreendida tomará emprestados conceitos de diferentes áreas do saber, dentre os estudos literários, filosóficos e linguísticos. No que se refere particularmente aos estudos da linguagem, buscamos uma aproximação entre ler e escutar, questão teórica vislumbrada na experiência de leitura em voz alta do romance </span><span id="E272">roseano</span><span id="E274">.</span>2022-12-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 Augusto Stevanin, Aline Vargas Stawinskihttps://revistas.ufpel.edu.br/index.php/letras/article/view/5947O CRONOTOPO DO BOSQUE EM INTO THE WOODS, DE JAMES LAPINE E STEPHEN SONDHEIM2023-04-01T02:54:18-03:00João Augusto Reich da Silvajoaoaugusto.dv@hotmail.comPatrícia da Silva Valériopatriciav@upf.br<p>Este estudo tem por objetivo analisar o tempo-espaço do bosque na narrativa do musical <em>Into the Woods</em>, de James Lapine e Stephen Sondheim (2014), com base no conceito de cronotopo, conforme desenvolvido pelo teórico russo Mikhail Bakhtin (2018 [1975]). Em seu enredo próximo ao conto de fadas do tipo artístico, a peça estabelece relações dialógicas também com contos de fadas populares e atualiza os sentidos da jornada de cada personagem por meio de motivos e elementos essencialmente cronotópicos. Por fim, o cronotopo do bosque atua como o fio-condutor do musical, servindo de base para os acontecimentos do enredo e reunindo as jornadas de diferentes personagens em um quadro espaçotemporal comum.</p>2022-12-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 João Augusto Reich da Silva, Patrícia da Silva Valério