A ATITUDE FENOMENOLÓGICA EM HUSSERL E A PRÁTICA PEDAGÓGICA

  • Valdir Borges
  • Lucas Rehbein
Palavras-chave: Fenomenologia, Educação infantil, Cultura infantil, Fantasia

Resumo

Este artigo estabelece relações entre a fenomenologia do filósofo e matemático alemão Edmund Husserl e a prática pedagógica na educação infantil. Na atitude natural a inserção no mundo se faz por meio da experiência sensível, isenta da reflexão e da análise; enquanto a atitude fenomenológica ultrapassa os fatos objetivos como única realidade, sendo uma atitude reflexiva e analítica sobre os fatos. Tal diferenciação entre a atitude natural e a atitude fenomenológica é tomada como apropriada para pensar a prática docente do educador que se depara com o universo da criança, repleto de seres fantásticos, metáforas, símbolos, ficção e faz-de-conta. A criança tem uma maneira própria de se relacionar com o mundo, permeada por objetos que não existem de modo concreto, mas que, apesar disso, não deixam de ser significativos. Destarte, problematizamos a atitude do educador perante uma criança que quer conversar sobre dragões ou que está fingindo ser uma fada. Ao finalizarmos este itinerário reflexivo, empreendemos discussões sobre o conceito de infância e sobre a questão e a função da fantasia na infância e na vida adulta.

Downloads

Não há dados estatísticos.
Seção
Artigos