PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DA PESQUISA COM PINHÃO-MANSO
UM ESTUDO NA EMBRAPA - DF
Resumo
Há mais de uma década, a cultura de Jatropha curcas (Pinhão-manso) vem sendo disseminada no Brasil. Seu biocombustível tem sido considerado uma alternativa sustentável. No entanto, existem dificuldades quanto à domesticação da referida semente. A fim de superar tal questão, a Embrapa Agroenergia, instituição pública de pesquisa, tem investido recursos em projetos com tal espécie. Para compreender como se deu a inserção da cultura desta oleaginosa no país, e como ocorreu a institucionalização de suas pesquisas, o objetivo deste estudo é analisar esse processo, identificando as etapas, desafios e resultados alcançados nos últimos anos. À luz da Teoria Institucional, principalmente com base em Tolbert e Zucker (1998), são explicadas as fases do processo de institucionalização. Além disso, os pilares institucionais propostos por Scott (1995) fundamentam a análise proposta neste artigo. Por meio de um processo metodológico qualitativo, realizou-se um estudo de caso único, que contou com alguns pesquisadores da Embrapa Agroenergia. E, após realização de uma análise de conteúdo dos dados coletados em entrevistas e documentos que englobaram levantamentos históricos, os resultados demonstram que a cultura desta semente no país encontra-se no estágio da habitualização ou pré-institucionalização, sendo que as principais barreiras para se chegar a fase seguinte são: a presença mínima de Champions, bem como as demandas de mercado em torno desta oleaginosa.